A economia do país teve uma geração histórica de empregos formais no semestre, com 1,473 milhão de vagas criadas neste período, batendo o desempenho registrado em 2008, quando foram criados 1,361 milhão de postos de trabalho.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê que em todo o ano de 2010 sejam gerados 2,5 milhões de empregos formais.
No primeiro semestre do ano passado foram criados 299 mil postos de trabalho –o pior resultado desde 1999, ano de início da série histórica do Ministério. Os números fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Somente em junho o Caged registrou a criação de 212.952 postos de trabalho, o segundo melhor resultado para o mês na série histórica deste cadastro. Apesar de ter rompido a série de recordes do ano, Lupi afirmou se tratar de "acomodação do setor da indústria, serviço e diminuição no setor da educação, onde houve demissões".
Em 12 meses, o Ministério contabilizou a criação de 2,168 milhões de vagas, o que significa uma expansão de 6,7% sobre a base de empregados formais do país.
Ainda de acordo com o Ministério, a maior taxa (11,98%) na geração de empregos ocorreu no setor agrícola no semestre. Em termos absolutos, porém, a maior contribuição para o aumento dos empregos formais veio do setor de serviços, com a criação de 490.028 vagas em seis meses.
O setor de comércio adicionou 230 mil novos postos de trabalho, enquanto a indústria de transformação somou outras 394.148 vagas.
Estados
Rondônia teve a maior taxa de crescimento do país, com alta de 8,31%, ou 16.734 novos postos, alavancados pelas usinas de Santo Antônio e Jirau, obras do PAC.
O Estado de São Paulo teve a maior geração de empregos em números absolutos do Brasil, com 545.743 postos ou aumento de 5,09%. Em seguida vem Minas Gerais, que gerou 232.572 postos, ou crescimento de 6,64%, devido ao bom desempenho da produção de café.
Colaborou Thais Bilenki, de Brasília
Folha.com