De acordo com os relatos, o banco impõe uma grande rotatividade no emprego, demitindo principalmente os trabalhadores com maior tempo de casa.
Os trabalhadores do Itaú Unibanco de todo o país irão retomar as mobilizações contra as demissões na empresa. A proposta foi definida nesta terça-feira, 28, em São Paulo, durante reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE), órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco. O representante dos bancários gaúchos na reunião foi o diretor do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo, Carlos Henrique Niederauer.
A reunião da COE Itaú Unibanco começou com uma avaliação da situação dos funcionários do banco. O aumento no número de demissões foi relatado por dirigentes sindicais de todas as partes do país, com foco na região Sudeste – especialmente as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mas também em cidades do interior. De acordo com os relatos, o banco impõe uma grande rotatividade no emprego, demitindo principalmente os trabalhadores com maior tempo de casa.
Para combater as demissões imotivadas, as entidades sindicais irão relançar a campanha nacional contra as demissões, deflagrada em 2010. A ideia é organizar atividades e materiais específicos para mobilizar os trabalhadores e denunciar aos clientes as práticas do Itaú Unibanco.
A falta de funcionários também vem causando intensa queda nas condições de trabalho dos bancários, que estão sobrecarregados. Segundo Carlos Henrique Niederauer, o movimento sindical vai mobilizar os funcionários do Itaú para forçar a direção do banco a rever seu modo de gestão. "Demissões, pressão pelo cumprimento de metas e assédio moral constituem um péssimo ambiente de trabalho, que leva os trabalhadores cada vez mais ao adoecimento físico e mental. Isto só vai com o compromisso do banco de abandonar essas práticas", afirma o dirigente sindical.
(Fonte: Contraf-CUT com edição da Fetrafi-RS)