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RENDIMENTO DO TRABALHADOR CAI EM 2011, APONTA SEADE/DIEESE

 

O rendimento real (descontada a inflação) do ocupados e assalariados recuou em 2011, segundo informações da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta quarta-feira (29).

No ano passado, o rendimento médio dos ocupados teve retração 1,2%, enquanto a dos assalariados recuou 0,3%.

Em dezembro, os resultados foram mais otimistas. O rendimento médio real dos ocupados cresceu 0,4% no país, ficando em R$ 1.458. Este é quarto mês consecutivo de incremento na renda dos ocupados. Já o rendimento dos assalariados recuou 0,4%, para R$ 1.510.

"A economia em 2011 foi muito claudicante, com baixo crescimento e até ameaça de redução do nível da atividade. O rendimento médio parou de cair em setembro, após a situação melhorar, influenciada pelas medidas tomadas pelo governo após crescimento nulo do terceiro trimestre [julho, agosto e setembro]. Mas não se recuperou", explica Alexandre Loloian, economista da Seade.

Loloian destaca, no entanto, que a perda do rendimento no ano passado não altera substancialmente a remuneração no Brasil. "O problema do ano de 2011 é que a comparação é com 2010, o melhor ano da economia nos últimos tempos."

Em 2010, o rendimento médio real dos ocupados subiu 4,4% (R$ 1.326) e o dos assalariados apresentou crescimento de 2,3% (R$ 1.384).

Mesmo com o resultado negativo do ano passado, a expectativa dos economistas da Seade e Dieese, é boa para 2012. "Os ganhos dos trabalhadores devem melhorar por conta da provável queda da inflação e dos juros que já parecem estar em curso. Outro fator que vai ajudar na comparação é patamar obtido em 2011. Num cenário econômico que indica me", analisou Sérgio Mendonça, do Dieese.

De acordo com Mendonça, o ano passado foi ruim para um setor importante, a indústria, e isso tem influência no rendimento. "Houve queda na atividade da indústria e aumento, por exemplo, no emprego doméstico. Como a indústria remunera melhor, mas contratou menos, isso causa um impacto na massa de rendimentos geral."

Regionalmente, o rendimento dos ocupados recuou em Salvador (11,4%), São Paulo (1,9%), Distrito Federal
(1,1%) e Fortaleza (0,5%), enquanto permaneceu relativamente estável em Porto Alegre (-0,1%) e cresceu em Recife (7,1%) e Belo Horizonte (2,2%).

Folha Online

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