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BANCÁRIOS INICIAM AMANHÃ NEGOCIAÇÃO SALARIAL COM ATO EM SÃO PAULO

Categoria reivindica reajuste, cumprimento do piso salarial e aumento do vale refeição

Bancários de São Paulo iniciam amanhã (1) uma rodada de negociações salariais com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), parte da campanha nacional 2012, com um ato pelas ruas do centro de São Paulo a partir das 12h.

Às 17h30, o comando nacional dos bancários vai entregar a pauta de reivindicações à federação. Eles querem reajuste de 10,25% – que inclui reposição da inflação e um aumento real de 5% – e piso salarial de R$ 2.416,38. Além disso, eles pedem vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 622), o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral.

"Vamos com toda disposição para resolver a campanha na mesa de negociação", afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, segundo nota emitida pela entidade. "Somente no primeiro semestre deste ano, os três maiores bancos [Bradesco, Santander e Itaú] acumularam lucro de R$ 16 bilhões e em pouco mais de dez anos tiveram crescimento de 1.054%. Ou seja, não há crise para os bancos no Brasil e os bancários, responsáveis por esse excelente resultado, sabem disso e querem sua parte".

O tema da campanha deste ano será "Chega de truque, banqueiro!", uma alusão a um banqueiro ilusionista, que faria truques como aumentar as taxas de serviços e ampliar a terceirização de serviços. A ideia é fazer as reivindicações levando às ruas mágicos que vão reproduzir truques feitos pelos bancos com seus funcionários e clientes.

As reuniões serão em 7, 8, 15 e 16 de agosto. Na véspera da primeira rodada (6), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor Financeiro (Contraf-CUT) realiza um seminário do Comando Nacional para preparar as negociações com os bancos. "Mesmo com os lucros gigantescos apurados, os bancos seguem praticando a maldita rotatividade, que é uma violência contra o emprego e só existe no Brasil. Além disso, mais instituições fecharam postos de trabalho, o que revela uma falta de compromisso com o desenvolvimento do país e a inclusão social", afirma o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Rede Brasil Atual

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