A pressão dos banrisulenses começa a dar resultado e produzir mudanças na proposta de Plano de Carreira do Banrisul. Não por acaso a diretoria lançou uma nota, assinada pela assessoria de imprensa do banco, nesta segunda-feira, 29/4, para tentar reduzir a força do ato em frente à DG, que começa às 13h30. Por isso é importante que todos os banrisulenses da DG desçam para participarem da paralisação de duas horas. A adesão ao dia do preto está excelente nas agências e na própria DG, mostrando a firme disposição de luta dos banrisulenses para pressionar a direção à negociar avanços no Plano de Carreira e ampliar direitos.
A nota, intitulada "NOVO PLANO DE CARREIRA BANRISUL: APRESENTAÇÕES JÁ PRODUZEM RESULTADOS", distribuída no BGX para todos os funcionários, apresenta recuos do banco na questão do ADI e no congelamento das comissões. Segundo o banco, "as comissões que têm valor fixo continuarão com valor fixo. A Comissão H (55%) continuará variável e o ADI também continuará variável (50%)".
Ora, não poderia ser diferente. A ilegalidade do "congelamento" proposto era explícita e evidente. A proposta não resistiria ao menor questionamento jurídico, segundo o assessor jurídico do SindBancários, Antônio Vicente Martins. O ADI é uma conquista histórica e não aceitamos sua extinção.
Da mesma forma, a ideia do banco de estudar a redução da carga horária para os atuais comissionados não refere como ficaria o recebimento de gratificação de função e ADI destes empregados. "Qualquer diminuição de valores é ilegal", advertiu Vicente Martins.
A proposta do banco é inferior ao atual plano de cargos e salários e muito pior que a proposta dos trabalhadores. Além de atacar os comissionados, não tem critérios claros de promoção por merecimento e não estabelece número mínimo de vagas. Também propõe que a adesão ao novo plano, a partir de novembro, tenha como critério de migração o valor do salário e não o tempo de serviço, como defendem os trabalhadores.
Para o presidente do SindBancários, Mauro Salles, manter um ambiente de pressão e mobilização é fundamental para pressionar o banco a recuar ainda mais. "Temos que continuar mobilizados no nosso calendário de lutas. Hoje é um dia fundamental para nós. Vamos participar do ato daqui a pouco na DG para dar mais uma resposta. Quanto mais mobilizados, mais conquistamos", disse o presidente do SindBancários.
O ato desta terça vai reafirmar a proposta dos trabalhadores, apresentada em maio do ano passado. "Queremos que o banco recue na proposta apresentada e sejam retomadas as negociações do Plano de Carreira", explicou Mauro.
Fonte: Imprensa SindBancários