Impactos e estratégias para enfrentar o desafio das fake news foram abordados no encontro

Nesta quinta-feira, 17 de julho, os delegados e delegadas sindicais de Porto Alegre e Região participaram de mais um encontro de formação promovido pelo SindBancários, na sede do Sindicato. O tema da vez foi: “Fake News: o que são, quais os impactos e como o movimento sindical pode enfrentar esse desafio”.
A atividade contou com a mediação do diretor de Comunicação do SindBancários, Sergio Hoff, e com as participações dos especialistas Pedro Barciela e Lucio Uberdan. Barciela é especialista em monitoramento e análise de redes sociais online, com foco em política eleitoral na América Latina, e já atuou em processos nacionais e internacionais. Uberdan é formado em Marketing, pós-graduado em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, e trabalha com comunicação e estratégia digital para mandatos, sindicatos, instituições públicas e campanhas políticas.
Segundo os palestrantes, as fake news são produzidas e disseminadas por diversos agentes com interesses distintos: desde grupos políticos organizados — que operam “fazendinhas” de conteúdo com disparos em massa no WhatsApp — até influenciadores digitais e cidadãos comuns capturados por essa lógica, além da atuação de bots e impulsionamentos pagos.
“As fake news têm efeitos profundos e nocivos em diversos aspectos da vida social, política, econômica e da saúde pública. Elas afetam o indivíduo e a coletividade, desestabilizando instituições, minando a confiança mútua e colocando vidas em risco”, alertou Lucio Uberdan.
Para enfrentar o problema, os especialistas apontaram a necessidade de ações em três frentes: regulação da internet, educação digital e mudanças nos algoritmos. No caso do movimento sindical, destacaram a importância de construir uma marca forte, manter escuta ativa nas redes, consolidar críticas, criar “vacinas” contra possíveis ataques, manter cadastros ágeis e segmentados, investir em comunicação digital e em anúncios pagos (ADs), além de desenvolver respostas rápidas e estratégicas.
Mobilização: plebiscitos e lutas em curso
No período da tarde, o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, apresentou aos delegados e delegadas os dois plebiscitos populares que estão em andamento: o Plebiscito por Justiça e Direitos, que defende o fim da escala 6×1 e a taxação dos super-ricos; e o Plebiscito em Defesa do DMAE Público, contra a proposta de privatização da autarquia em Porto Alegre. Gimenis reforçou a importância da participação e pediu o engajamento das lideranças sindicais na divulgação e coleta de votos.

Reuniões por banco
O encontro também teve espaço para as reuniões por banco, nas quais foram debatidas pautas específicas:
Banrisul: a reestruturação proposta pelo banco foi o principal tema. Até o momento, a proposta não contempla as reivindicações dos trabalhadores, gerando grande preocupação.
Caixa: foram debatidos o plano Saúde Caixa, a retirada de ATMs das agências e os problemas enfrentados no Edifício Querência.
Banco do Brasil: as discussões giraram em torno do custeio da Cassi e da lista de prefixos que passarão a ter possibilidade de TRI (Trabalho Remoto Institucional), cumprindo o proposto na campanha salarial de 2024.
Banco do Brasil: as discussões giraram em torno do custeio da Cassi e da lista de prefixos que passarão a ter possibilidade de TRI (Trabalho Remoto Institucional), cumprindo o proposto na campanha salarial de 2024.
Com formação política, troca de experiências e fortalecimento da base, os delegados seguem firmes na luta por direitos, por comunicação estratégica e pela defesa dos serviços públicos.