Após um rico debate, mulheres bancárias do Rio Grande do Sul e de outros estados elegeram três propostas que serão levadas à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNM), que acontece de 29 de setembro a 1º de outubro de 2025.

As propostas eleitas pelas bancárias foram:

1. Uso de um selo pró-equidade de gênero (empresas com mulheres nos cargos de chefia e espaços de decisão de, no mínimo, 40%) para liberação de créditos com taxas de juros mais baixas; prêmio e/ou benefícios para a gestão pública que tenha bons índices na questão da segurança das mulheres.

2. Financiamento de políticas públicas através do Fundo Nacional dos Direitos das Mulheres, com cotas para programas interseccionais (saúde, educação, empregabilidade, renda) articulado entre União, estados e municípios; com metas e indicadores claros para monitoramento com a participação de universidades e movimentos sociais; e com recorte de raça e gênero.

3. Exigir a criação de sistemas de controle que evitem o endividamento de famílias dependentes do Bolsa Família com linhas de crédito com juros abusivos e transferências para jogos de apostas.

O aumento do tempo das licenças maternidade e paternidade ganhou destaque no debate, assim como a garantia de que a bancária não seja rebaixada de cargo ou demitida após o retorno.

A diretora de Mulheres da Fetrafi-RS, Cristiana Garbinatto, avalia que é fundamental “manter esses espaços de diálogos entre nós, mulheres, em constante evolução”. “Discutir políticas e trabalharmos para que elas sejam implantadas é o que construirá um mundo mais igualitário e justo”.

A Conferência também elegeu Cristiana Garbinatto e Deise Menezes (diretora do Sindicado dos Bancários do Litoral Norte do RS) como delegadas; e    como suplentes para a 5ª CNM. Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, a iniciativa busca a ampla participação das diversas vozes de mulheres representadas por entidades, organizações e movimentos sociais.