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ACORDOS POUPAM MILHARES DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA

Nas empresas automotivas, os acordos preservaram os empregos até que o governo reduzisse o IPI sobre os carros

Quase dez meses depois do pico da crise global, balanço feito por sindicatos e empresas indica que os acordos coletivos foram um importante instrumento para inibir demissões em massa no setor industrial. Nas empresas ligadas à cadeia automotiva, os acordos para redução de jornada conseguiram preservar os vínculos de emprego até que o governo reduzisse o IPI sobre os automóveis, em dezembro. A partir daí, a indústria automobilística retomou a produção e, recentemente, iniciou o processo de reincorporação dos profissionais dispensados no fim do ano passado.

Na região do ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos fez acordo com 45 empresas para redução de jornada, férias coletivas, licença remunerada ou suspensão temporária dos contratos, envolvendo aproximadamente de 14 mil trabalhadores. Desse total, nove empresas já suspenderam a redução de jornada, a maioria do setor de autopeças. Em São Paulo e Mogi das Cruzes, foram fechados cerca de 40 acordos com empresas de autopeças, dos quais dez depois de abril. Ao todo, esses acordos garantiram estabilidade a 25 mil trabalhadores.

As indústrias fortemente exportadoras não conseguiram manter o nível de produção e voltaram a demitir após o fim dos acordos de redução de jornada e suspensão temporária dos contratos de trabalho, fechados entre novembro e fevereiro. Nesses setores, onde a recuperação da economia é menos clara do que no segmento automotivo, empresas e sindicatos ainda negociam acordos de redução de jornada ou banco de horas, como nos casos da WEG, Schulz e Fundição Tupy.

Uma das cidades mais atingidas por demissões foi São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), porque a Embraer dispensou 3.193 empregados entre janeiro a junho, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Vivaldo Moreira Araújo.

Mesmo com esses acordos, o setor industrial encerrou o ano passado com 146 mil vagas a menos do que em 2007. Em abril e maio, o saldo já é ligeiramente positivo: 900 empregos.

 Fonte: Valor Online

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