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APOSENTADOS E TRABALHADORES SÃO ALVO NÚMERO 1 NA CRISE, DIZ PAIM

Senador gaúcho criticou tentativa do governo de encaminhar reformas trabalhista e previdenciária

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Aposentados e trabalhadores são alvo número 1 na crise, diz Paim | Foto: Geraldo Magela / Agência Senado.

 

Na próxima segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff deve reunir a equipe econômica para tentar encaminhar as reformas trabalhista e previdenciária. As mudanças seriam as primeiras tarefas do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no governo. O senador gaúcho Paulo Paim (PT) chamou, via Twitter, a iniciativa de crueldade com o trabalhador brasileiro. Nesta quarta, em entrevista ao site do Correio do Povo, Paim reiterou seu pensamento e afirmou que os aposentados e a classe trabalhadora são os primeiros alvos em tempos de crise.

"Eu estou muito preocupado com isso. Já tivemos no final do ano passado uma surpresa negativa, quando tentaram (o governo) mexer no direitos trabalhistas. Este ano a história vai se repetir. Já estou estabelecendo contatos para uma mobilização contra essas reformas. Os aposentados e trabalhadores sempre são primeiros alvos dos governos em tempos de crise", disse Paim.

O senador afirmou que sabe exatamente o que o governo quer e que a troca ministerial serviu apenas como uma distração para mexer no direito dos trabalhadores. "Toda vez que falam em reformas acontece isso. O governo Fernando Henrique já fez isso no passado, e nós mudamos. Eles querem negociar acima do legislado, querem flexibilizar a terceirização dos serviços. A intenção é ampliar a negociação acima da lei", acrescentou.

O senador petista lembrou que o fator previdenciário foi aprovado recentemente e não há razão para mudança. Atualmente, a Medida Provisória 676, que foi editada pelo governo em junho, traz uma fórmula que tem como ponto de partida o cálculo 85/95, que se refere à idade da mulher mais seu tempo de contribuição que deve somar 85 anos para a aposentadoria. No caso do homem, a equação é a mesma e deve atingir a soma de 95. 

A alegação do governo Dilma é que a previdência pode falir e a busca é por uma alternativa mais equilibrada. Embora não tenha detalhado seus planos, o ministro da Fazenda, em entrevista coletiva, adiantou que deve trabalhar pela livre negociação das questões trabalhistas entre empregador e empregadores, simplificação tributária e por medidas de desburocratizações.

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