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ASSEMBLÉIA APROVA NOVOS DIRETORES DO BANRISUL COM AUMENTO DE 74,5%; JÁ O MÍNIMO REGIONAL DEVE TER REAJUSTE DE 3,4%

          O plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, nesta terça-feira (28), por 35 votos a 15, a indicação do novo presidente e dos novos diretores do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). A votação foi pautada por questionamentos sobre a diferença dos índices utilizados pelo governo do Estado para reajustar os salários do presidente e diretores do Banco e o piso mínimo regional.

Os indicados para os cargos executivos no banco terão os salários reajustados em 74,5%, elevando os ganhos do presidente do Banco de R$ 51 mil para R$ 89 mil, e o dos diretores, de R$ 40 mil para R$ 72 mil. Já o reajuste do piso mínimo regional para os trabalhadores será de apenas 3,4%, índice inferior ao da inflação no período.

O novo presidente do banco será o economista carioca Coutinho Mendes. Para as diretorias da instituição, foram indicados Osvaldo Lobo Pires (Crédito), Raquel Santos Carneiro (Jurídico), Marcos Vinícius Feijó Staffen (Financeiro), Claise Muller Rauber (Área de risco) e Fernando Postal (Comercial).

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, classificou como uma “covardia” o que o governador Eduardo Leite (PSDB) fez para aprovar os altos salários dos diretores do Banrisul. “É uma vergonha o que esse governador fez nesse caso da aprovação da diretoria do Banrisul. Ele ficou três semanas impondo salários astronômicos e agora quer tirar o corpo fora. Um governador de verdade não pode ser covarde e se eximir das responsabilidades. Não pode jogar a culpa em um comitê do Banrisul os altos salários que ele tinha acertado quando indicou o presidente do mercado”, afirmou Gimenis.

Para o SindBancários, Leite ficará conhecido como o governador que deu aumento de R$ 48 mil (R$ 51 mil salário atual do presidente + 74,5% de aumento) para o presidente Cláudio Coutinho Mendes. Para os outros nove diretores, o aumento foi de 80% (R$ 40 mil para R$ 72 mil). “Quando comparamos o aumento debatido na mesma sessão do salário mínimo regional de 3,4% (passando para R$ 1.237,15), uma diferença de R$ 41,10, temos uma realidade terrível. Um trabalhador que receba o mínimo regional, na faixa mais baixa, terá que trabalhar 95 anos para receber o que o presidente do Banrisul receberá de aumento (R$ 48 mil) em um ano, considerando o 13º salário”, afirma o sindicato.

Parlamentares da oposição questionaram a incoerência do governador que fala em sacrifícios para justificar o parcelamento e a falta de reajuste dos salários dos servidores, mas concede um reajuste de quase 75% para o salário de executivos de banco.  “O governador tentou esconder e alguns aqui tentaram se iludir. Diziam que os altos salários do indicado à presidência e seus diretores era fofoca e que não tinha influência do governador. Pois bem, essa mascara caiu. O governador é quem está aumentando os salários dos diretores do Banrisul em 75%, enquanto que para o trabalhador não dá nenhum reajuste. Os salários estão congelados e o servidor perdeu 30% do poder de compra”, assinalou Sofia Cavedon (PT).

Editoria: Política, z_Areazero Palavras-chave: Assembleia Legislativa, Banrisul, Eduardo Leite, salário mínimo regional, SindBancários, Sindicato dos Bancários de Porto Alegre

 

SUL21

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