Trabalhador é quem define a pauta de reivindicações até aceitar ou rejeitar proposta e fazer greve
Quando a campanha entra nesta fase – em que os bancos apresentam uma proposta global e os trabalhadores passam a ver a greve como único recurso -, muitas mensagens de bancários chegam ao Sindicato. Nessas mensagens, a categoria se manifesta rejeitando o que foi apresentado pelos banqueiros e querendo participar da paralisação.
"Os bancários são o motor de tudo que acontece na Campanha Nacional Unificada", explica a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas. Essa participação começa com a consulta, em que os trabalhadores manifestam o que querem ver na pauta que será debatida nacionalmente antes de ser entregue aos banqueiros. Depois começam as negociações que precisam ser acompanhadas passo a passo pelos informativos do Sindicato. Até que surgem as propostas e as assembleias onde devem ser apreciadas.
As assembleias de trabalhadores são soberanas. É nesse ambiente que cada bancário deve definir o que quer que aconteça, os rumos da Campanha. É sempre essa decisão que será respeitada.
"O Sindicato encaminha o que édecidido pelos trabalhadores e coloca à disposição toda estrutura para fazer acontecer a mobilização. Podemos indicar caminhos, e é o que estamos fazendo agora, apontando a rejeição dessa proposta de 7,8% e a greve a partir do dia 27", afirma Raquel. "Mas quem toma as decisões nas assembleias, sobre aprovar ou rejeitar propostas, e quem faz a greve forte em cada local de trabalho, com o apoio e organização do Sindicato, é o bancário."
*Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região