Os bancários voltaram a cobrar nesta segunda-feira, dia 7, negociações com o Santander para discutir a pauta específica de reivindicações, visando a renovação do acordo aditivo à convenção coletiva de trabalho.
A exemplo da carta enviada no dia 21 de outubro, um novo documento foi remetido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Contraf-CUT, Fetec-CUT/SP, Feeb SP-MS e Afubesp ao superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo Tadeu dos Anjos, propondo que, além de agendar uma data de reunião, o banco prorrogue a vigência do aditivo até a data da assinatura do novo instrumento.
A minuta foi entregue no dia 30 de agosto para os representantes do banco espanhol, que se comprometem em abrir negociações logo após o final da campanha nacional dos bancários. "Entretanto, passados mais de 15 dias da assinatura da convenção coletiva com a Fenaban, o Santander ainda permanece em silêncio, frustrando a expectativa dos funcionários", destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.
"O lucro do Santander cresceu 9% e atingiu R$ 5,9 bilhões nos primeiros nove meses do ano", aponta o dirigente sindical. "Queremos renovar o aditivo com avanços, agregando novas conquistas como forma de reconhecimento e valorização dos trabalhadores", enfatiza.
Cabe ressaltar que os bancários do Brasil foram os principais responsáveis por 25% do lucro mundial do grupo espanhol, o maior resultado do banco em todos os países onde atua, e por isso não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.
Além do aditivo, os trabalhadores querem ampliar os valores do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e preservar os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp.
Conquistas
Os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, que possuem acordo suplementar à convenção coletiva. Entre as conquistas do aditivo está a garantia de duas mil bolsas auxílio-educação aos trabalhadores com ao menos quatro meses de trabalho e cursando a primeira graduação.
Outra cláusula social importante é a garantia às funcionárias com filho de até 9 meses de idade a dois descansos especiais durante a jornada, que podem ser trocados por 10 dias corridos de licença a serem usufruídos na sequência da licença-maternidade, pelo pai ou mãe, caso ambos sejam funcionários do banco.
"Queremos novas conquistas, como garantia de emprego, cinco dias de ausências abonadas por ano, adiantamento de um salário nas férias em dez vezes sem juros, eleição dos representantes dos participantes do SantanderPrevi e Sanprev e manutenção da assistência médica aos aposentados, dentre outras demandas", destaca Ademir.
Fonte: Contraf-CUT