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BANCÁRIOS FAZEM 5ª REUNIÃO DAS REDES SINDICAIS DE BANCOS INTERNACIONAIS

Trabalhadores dos bancos HSBC, Itaú Unibanco e BBVA estiveram reunidos nesta quinta e sexta-feira, dias 26 e 27 de novembro, em Santiago no Chile, para a primeira etapa da 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais. Os dirigentes debateram formas de luta pela organização sindical dos trabalhadores, direito garantido pela OIT e diversas entidades internacionais, mas frequentemente desrespeitado pelas empresas de toda a América Latina.

"Realizamos um debate profundo, com uma intensa troca de experiências entre os bancários dos vários países", afirma Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.

O evento continua nesta terça e quarta-feira, dias 1 e 2 de dezembro, em São Paulo, com a participação de dirigentes sindicais do Banco do Brasil, Santander e da Rede Internacional de Bancos Públicos. A Contraf-CUT já recebeu inscrição de 160 dirigentes de vários paises para essa segunda etapa.

Globalização da luta

Um dos focos do encontro é a utilização pelos trabalhadores de mecanismos internacionais como as Diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a ISO 26000, norma internacional sobre responsabilidade social.

Para subsidiar o debate, o economista Marcel Claude apresentou, no Chile, uma análise critica da eficácia e aplicabilidade das Diretrizes da OCDE na luta dos trabalhadores. O debate prosseguiu com uma apresentação de Claudio Arcos, que fez um informe detalhado das discussões da ISO 26000.

Regulamentação do sistema financeiro

O evento também debateu o papel dos trabalhadores na construção da nova regulamentação do sistema financeiro internacional. Os bancários assistiram a apresentação sobre o tema de Hugo Fazio, economista e vice-presidente do Banco Central do Chile no Governo de Allende.

Ele traçou um panorama mundial a partir da crise financeira, apontando que as respostas dos governos deixaram preocupações. O primeiro problema visto pelo economista é a definição do G20 como fórum para as discussões, entidade que ele considera com baixa representatividade.

Outra questão destacada por Fazio é que as propostas até agora apresentadas mantêm o sistema financeiro nas mesmas condições e com a mesma proposta política que ocasionou a crise. Por fim, o economista alertou que o movimento sindical até agora não conseguiu construir um projeto internacional de reforma do sistema que leve a repensar o modelo de divisas e recriar o sistema financeiro com regras e sob a supervisão do Estado.

Fonte: Contraf-CUT

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