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BANCÁRIOS REJEITAM PROPOSTA DA FENABAN SOBRE CALL CENTER

Sindicalistas cobram reversão do processo de terceirização

A Contraf-CUT, federações e sindicatos participaram na tarde desta terça-feira (19) da retomada da mesa temática de terceirização com a Fenaban, em São Paulo. As entidades sindicais rejeitaram a formulação trazida pelos representantes dos bancos para reversão do processo no call center das instituições financeiras. O representante dos bancários gaúchos na negociação foi diretor do SindBancários, Antonio Augusto Borges de Borges.

A formulação apresentada pela Fenaban continua especificadamente tratando apenas para aquele grupo de trabalhadores que acessam diretamente os dados da conta corrente dos clientes de maneira permanente e ininterrupta, do início a conclusão da operação. Para este grupamento a proposta apresentada foi a inclusão na categoria bancária aplicando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) no tocante aos direitos e benefícios, mas sem contemplar o piso salarial.

"Não podemos aceitar a redução do piso da categoria para esse segmento, até porque já fizemos contratações banco a banco, nas quais foi mantido o cumprimento da CCT na íntegra, inclusive com os pisos da categoria. Nesses casos tratamos de maneira diferenciada apenas a questão da jornada de trabalho, uma vez que este setor trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

"Nossa preocupação essencial está relacionada às condições de trabalho. O processo de terceirização gerou uma série de problemas, incluindo a diminuição da categoria bancária. Trata-se de uma situação difícil de resolver, que exige muito empenho do movimento sindical. Não vamos aceitar qualquer proposta dos bancos. A adoção de piso inferior para uma parcela da categoria é uma afronta aos bancários", destaca Antonio Augusto Borges de Borges, do SindBancários.

A proposta é que a Fenaban reveja a formulação apresentada na mesa. Para os bancários, este assunto ainda não se encerrou no espaço de debate. A construção da proposta deve continuar. O movimento sindical que agregar outras áreas de serviços terceirizados além do call center.

Estiveram presentes as 10 federações da base da Contraf-CUT, com exceção de Minas Gerais e Santa Catarina.

Números

As entidades sindicais registraram mais uma vez a necessidade de se ter o mapeamento de quantas pessoas estão envolvidas no serviço de call center. Porém, a Fenaban afirmou que não é possível ter o levantamento exato, porque essa é uma informação de cada banco.

Objetivo da mesa

O objetivo da mesa temática é construir propostas que possam ser apresentadas durante a Campanha Nacional, de modo a serem incorporadas na CCT, assim como aconteceu nos casos de combate do assédio moral e da segurança bancária, questões que foram incorporadas à Convenção Coletiva após amplos debates nas respectivas comissões temáticas.

*Contraf/CUT

 

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