Banco conseguiu aumentar a indignação dos grevistas
A direção do Banrisul afrontou os funcionários mais uma vez durante reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira, na Direção Geral, em Porto Alegre. Dois funcionários da área de Gestão de Pessoas representaram o Banco na ocasião, limitando-se a dizer que instituição não tem uma nova proposta e irá cumprir o que for determinado nas negociações com a Fenaban.
Os sindicalistas não consideraram a reunião como uma negociação porque o Banco não manifestou interesse em dialogar e propor uma solução para a greve dos banrisulenses, que já atinge cerca de 85% da rede de atendimento do Banrisul. O Comando também questionou a falta de habilidade da direção do Banco no encaminhamento das negociações.
O diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, disse que os funcionários mantêm a disposição para negociar. "Esperávamos avançar e o banco está negando o processo de negociação", enfatizou o diretor da Fetrafi-RS.
O Comando dos Banrisulenses se retirou da reunião deixando claro que a greve vai ser ampliada, até a direção levar a sério o movimento e apresentar uma nova proposta. "O Banrisul não está entendo a força da greve. Isto é um desrespeito a todo o funcionalismo do Banrisul e agora a greve será radicalizada", afirmou o presidente do SindBancários, Mauro Salles Machado.
Nova manifestação
Após a reunião com os representantes do Banco, os dirigentes sindicais deram informes a cerca de mil funcionários do Banrisul, que permaneceram em vigília em frente à Direção Geral. Além de relatar o descaso do Banco na reunião, os sindicalistas destacaram que a greve no Banrisul está num momento crucial e que somente com a ampliação do número de unidades paralisadas será possível dar um novo rumo ao processo de negociação específica.
Os grevistas decidiram realizar uma nova passeata até o Palácio Piratini para denunciar ao Governo do Estado a falta de respeito do Banrisul. A manifestação coincide com a visita da presidente Dilma Rousseff à Assembleia Legislativa RS.