O caminho foi longo e árduo, com direito a passagem pela mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Após mais de um ano de resistência ao modelo de Plano de Cargos, Funções e Salários (PCFS) que havia sido imposto pela direção do Banrisul, bancários e bancárias ganham a queda de braço e aprovam acordo construído pelo Movimento Sindical que extingue o danoso PCFS. E o novo Regulamento de Pessoal, que previa o surgimento de uma subcategoria de bancários dentro do Banrisul, na medida em que não garantia aos(às) novos(as) empregados(as) os mesmos direitos dos(as) antigos(as), também foi cancelado.
Nos dias 22 e 23 de janeiro, empregados(as) do Banrisul de todo o Brasil tiveram a oportunidade de apreciar e dizer SIM ou NÃO ao acordo, construído pelo Comando Nacional dos Banrisulenses após exaustiva negociação com o banco. A base do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região abriu a votação na segunda (22/01) e encerrou na terça (23/01), aprovando o acordo com 97,29%. Os sindicatos do interior fizeram a votação na terça (23/01), com resultado também positivo.
A diretora da Fetrafi-RS, Raquel Gil de Oliveira, ressalta que há ainda muitas batalhas pela frente, mas avalia que essa foi a maior demonstração de unidade dos(as) banrisulenses e de força do movimento sindical dos últimos anos no Rio Grande do Sul. “Quero agradecer aos(às) colegas e aos(às) dirigentes que confiaram no Sindicato. Esperamos que o canal de negociação aberto com a diretoria do Banrisul nos traga mais bons frutos nas relações de trabalho que tanto precisam melhorar para que o Banrisul cresça e continue sendo o banco número um no pensamento das gaúchas e dos gaúchos”, comemora.
Para Gilnei Nunes, diretor de Comunicação do SindiBancários Porto Alegre e banrisulense, essa votação foi uma das mais importante dos últimos tempos e e repara os absurdos cometidos pela gestão Coutinho. “Retornar ao modelo antigo do quadro de carreira do Banco, bem como a revogação do novo regulamento de pessoas, tira da seara do Banco um caminhão de novos passivos trabalhistas que iriam se originar por erro de gestão”, observa.
O acordo revoga o Plano e restabelece o Regulamento de Pessoal. Na proposta, também consta o restabelecimento do Adicional de Dedicação Integral (ADI) para as funções comissionadas e o pagamento retroativo da gratificação. A ideia é que o pagamento do ADI seja retomado na folha de janeiro e que os retroativos sejam pagos na folha subsequente.
FETRAFI-RS