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BB, ITAÚ UNIBANCO E BRADESCO LIDERAM RANKING DAS AMÉRICAS

A crise teve menos efeitos negativos nos grandes bancos brasileiros do que nas instituições de outros países da América. Segundo levantamento feito pela consultoria Economatica, os três bancos de maior rentabilidade do continente, exceto o Canadá, são o Banco do Brasil (5,48%), em primeiro lugar, seguido pelo Bradesco (4,95%) e pelo ItauUnibanco (4,54%). Em quarto vem o americano State Street (3,57%).

"Diversos fatores indicam esta rentabilidade. O mais importante é a taxa de juros, que no Brasil ainda é muito elevada, e, com isso, os bancos conseguem se destacar. Em seguida, as instituições brasileiras sofreram menos entre as das Américas", explica José Góes, economista da WinTrade, home broker da Alpes Corretora.

Esta rentabilidade, no entanto, pode diminuir caso o Banco Central (BC) continue a redução da taxa de juros, que hoje é de 10,25% ao ano, mas acredita-se que nas próximas reuniões os juros podem cair para 9,25% ao ano. "Um processo de queda dos juros no longo prazo pode fazer com que haja uma redução da rentabilidade dos bancos brasileiros, mas não é só isso, todos os fatores podem colaborar", afirma o economista.

Goés diz ainda que o fato de os bancos brasileiros estarem na frente desta lista não é surpresa. "O índice de inadimplência também colaborou para que fiquem em primeiro. Isso é um mérito maior da crise financeira, que prejudicou os bancos estrangeiros, mais do que da nossa economia", acrescenta Góes.

Apenas 20 bancos na América Latina e nos Estados Unidos têm ativos superiores a US$ 100 bilhões, sendo o primeiro do ranking o Bank of América com US$ 2,3 trilhões. O banco latino-americano mais bem posicionado no estudo realizado pela consultoria Economatica é o ItauUnibanco com US$ 267 bilhões de ativos.

O banco de capital aberto com maior lucro líquido no 1º trimestre de 2009 no universo analisado é o Bank of America, que fechou o trimestre com US$ 4,247 bilhões de lucro, o banco latino-americano mais bem posicionado é o ItauUnibanco, que no trimestre obteve US$ 2,015 bilhões.

O próximo banco brasileiro no ranking é o Bradesco, que obteve lucro líquido de US$ 1,723 bilhão, seguido pelo Banco do Brasil, com lucro de US$ 1,665 bilhão. As duas instituições ocupam o 6º e o 7º lugar na lista que inclui todos os bancos das Américas.

Brasileiras na Bolsa

A Economatica divulgou também a lista das companhias com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que apresentaram queda em seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2009. Com base nas 149 empresas que divulgaram seus resultados financeiros é possível verificar uma queda de 29,5% no ganho líquido, se comparado ao mesmo período do ano passado.

O principal motivo desta retração veio com o aumento de 126,3% nas despesas financeiras das empresas, que encerraram os três primeiros meses do ano com um montante de R$ 4,133 bilhões. Vale lembrar que grande parte das companhias brasileiras listadas na Bovespa tem dívida em dólar e que com o agravamento da crise financeira, em setembro do ano passado, o dólar disparou, fazendo com que a dívida sofresse uma elevação.

A maior queda no lucro líquido por setor ficou com Alimentos, que encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 754 milhões, ante um lucro de R$ 316 milhões em igual período de 2008. Fazem parte deste setor a Sadia e Perdigão, que estão prestes a anunciar uma fusão. A Sadia é a mais prejudicada, porque teve perdas financeiras muito elevadas com operações de hedge realizadas no ano passado.

Bolsa de Valores

A Bovespa encerrou esta segunda-feira com elevação de 5,01%, aos 51.463 pontos. O volume financeiro foi de R$ 7,9 bilhões, com 356.915 contratos negociados no pregão. A maior alta do Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, ficou com as ações ordinárias das Lojas Renner, com valorização de 11,66%. Por outro lado, a ação que mais caiu no indicador foi a ON da CCR Rodovias, com retração de 0,52% no dia.

No mercado a vista as ações preferenciais da Petrobras foram as mais negociadas, com volume financeiro de 892,2 milhões. 

Fonte: DCI

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