Notícias

BOLSONARO QUER REVOGAR NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

""

Governo Federal anunciou redução de 90% das Normas Reguladoras

A cada 49 segundos, um acidente de trabalho é registrado no Brasil, de acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho. Mesmo assim, o Governo Federal anunciou a redução de 90% nas Normas Regulamentadoras (NRs) de segurança e saúde no trabalho. Jair Bolsonaro quer entregar o pacote de revisão até junho para reduzir os custos gastos pelas empresas. De acordo com o site da Secretaria de Inspeção do Trabalho, as NRs são disposições complementares ao capítulo V da CLT e consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, além de prevenir a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.

Risco de exploração sem limites
Para Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a tentativa de revisar as normas de saúde e segurança é mais uma medida que extrapola os limites do bom senso. “Agora o governo busca liberar geral a violência organizacional que já mata, invalida e adoece multidões. Se de fato passar essa loucura, vai organizar uma verdadeira milícia dentro das empresas para levar à exploração sem limites e não permitir nenhum tipo de fiscalização da sociedade, expondo os trabalhadores a riscos de adoecimento, acidentes e mortes evitáveis”,
disse Mauro.
Os dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho mostram que, de 2012 até 2018, 4.503.631 acidentes foram registrados no país. Já o número de mortes, ocasionadas por acidentes de trabalho, é 16.455, no mesmo período.


Acidentes
Os acidentes de trabalho ocorridos de 2012 até 2018 fizeram com que 351.796.758 dias de trabalho fossem perdidos. Além disso, a Previdência gastou R$79.000.041.558 com benefícios acidentários. 
As NRs são de extrema importância para garantir condições sadias e seguras de trabalho e que a atitude do governo é uma banalização do mal. “Parece que o governo Bolsonaro não conhece limites para agradar os patrões das grandes corporações”, afirma o secretário de Saúde da Contraf-CUT. “Definitivamente, implementa uma verdadeira caça aos trabalhadores e à população pobre. O estímulo à violência é uma tônica de seu governo. Prega uma sociedade de bang bang onde o povo pobre e trabalhador é seu alvo. Estamos resistindo, acreditando no ser humano. Sendo radicais, agarrando as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem”, concluiu o sindicalista.

 

Veja outras notícias

Avança negociação do PPR com o Banrisul

Banco atendeu demanda de adequação dos targets para cargos afetados pela reestruturação Representantes do movimento sindical e do Banrisul voltaram a se reunir na última quarta-feira (26/11), na sede do SindBancários Porto Alegre e Região, para mais uma rodada de...

Direção Nacional define data do Congresso da Contraf-CUT

Atividade será realizada de 27 a 29 de março, no Guarujá (SP); também foi aprovada a criação de um sistema de organização de informações do ramo financeiro e de apoio à sindicalização O 7º Congresso Nacional da Contraf-CUT será realizado de 27 a 29 de março, na cidade...

Caixa: Fechamento de agências prejudica a todos

Economia local, população e empregados são afetados com o enxugamento da estrutura da Caixa; de 2017 pra cá o banco fechou quase 200 unidades O processo de fechamento de agências da Caixa Econômica Federal, iniciado em 2017 e drasticamente intensificado em 2024 e...