Vários trabalhadores da agência reclamaram de atitudes do gestor Os bancários de Curitiba paralisaram a agência do Bradesco Colônia Murici, em São José dos Pinhais (PR), na quinta-feira, 11 de agosto. O ato aconteceu em protesto à postura lamentável do gerente geral da agência, que puxou, literalmente, a orelha de uma funcionária que não teria cumprido com as metas estipuladas. A agência ficou fechada até o meio-dia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, outros trabalhadores da agência reclamaram das atitudes do gestor. "Os funcionários contaram que ele tem um comportamento agressivo no dia a dia e, desta vez, a agressão chegou às vias de fato", comenta. Os bancários disseram que, no momento da agressão, o gerente pediu para que eles fechassem os olhos e então puxou a orelha da funcionária.
Para Ademir Vidolin, diretor da Fetec-CUT-PR e bancário do Bradesco, a atitude do gerente remetem aos castigos de infância. "Não vamos tolerar qualquer comportamento que atinja a integridade física ou psíquica dos bancários", reforça.
O Sindicato já informou às direções regional e nacional do Bradesco e vai cobrar uma postura do banco. É um absurdo que uma coisa dessas fique sem punição.
Outros casos
Vale lembrar de outros casos recentes que aconteceram no Bradesco, demonstrando a maneira desrespeitosa como o banco tem tratado seus trabalhadores.
Na agência Ceasa, um ex-gerente contratou um funcionário que tinha a função de vigiar seus colegas na ausência do titular. Já na agência Marechal Deodoro, a gerente geral propôs ao caixa que, para autorizar um empréstivo de R$1.000,00 que quitaria a diferença de caixa, ele comprasse um seguro. "Não resta dúvida que isto configura uma venda casada da pior qualidade", avalia Ademir Vidolin.
Em uma outra agência, um funcionáro fez um lançamento indevido na conta de um cliente. O gerente geral ordenou que, para se desculpar, o bancário se ajoelhasse em frente ao cliente.
Por estas e outras atitudes, o Sindicato cobra que o Bradesco reavalie sua política de cobranças de metas e também de RH.
(Fonte: Flávia Silveira – Seeb Curitiba)