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CIDADES PEQUENAS VIRAM NOVO ALVO DE QUADRILHAS

O número de ataques a agências bancárias em cidades com até 10 mil habitantes do Rio Grande do Sul está em alta. O fenômeno ocorre, segundo a polícia, porque o policiamento nessas localidades é mais deficiente do que nos grandes centros, onde o crime está caindo.Três ataques a banco registrados ontem no Estado confirmam uma tendência verificada nos últimos três anos: quadrilhas especializadas em assaltos e arrombamentos a agências bancárias migram para pequenas localidades, com frágeis estruturas de segurança e policiamento ostensivo precário.

Nos sete primeiros meses do ano, de todos os 73 ataques ocorridos, 24 (32,8%) concentraram-se em municípios com até 10 mil habitantes e 17 (23%) em Porto Alegre. A análise, feita a partir de dados coletados pelo Sindicato dos Bancários, indica uma redução de crimes na Região Metropolitana.

Entre janeiro e julho do ano passado, de todos os 92 ataques, 18 (19,5%) ocorreram em pequenas localidades e 32 (34,78%) em Porto Alegre. Os dados indicam que os quadrilheiros reduziram o número total de ações e se concentraram em regiões supostamente mais lucrativas.

Ontem, Pinhal Grande (4,4 mil habitantes) e Nova Palma (6,4 mil), na Região Central, experimentaram os efeitos da nova tendência. Em menos de 12 horas, as agências do Banco do Brasil das duas cidades foram atacadas.

Durante a madrugada, um grupo armado agiu em Nova Palma, furtando dois caixas eletrônicos. Por volta do meio-dia, três homens assaltaram a agência de Pinhal Grande, levando um funcionário refém. Ninguém foi preso, mas a Polícia Civil aposta na relação entre as duas quadrilhas.

Policial suspeita do mesmo bando

Em Nova Palma, por volta da 1h, moradores foram despertados por vidros sendo estilhaçados, seguidos por estampidos de tiros, que se estenderam por 10 minutos. Eles arrombaram a agência do Banco do Brasil e levaram dois caixas eletrônicos.

A ação envolveu duas caminhonetes, uma F-1000 e uma Silverado, que estacionaram de ré em frente à agência localizada nas imediações da Praça Padre João Zanella – a principal do município. Dos veículos, saltaram sete homens, vestindo roupas camufladas, usando máscaras e portando "armas longas" .

Dois homens se posicionaram nas esquinas, e um ficou atrás de uma árvore. Davam cobertura aos outros integrantes que usaram marretas para quebrar o vidro da sala de autoatendimento. Com pequenas toras de madeira colocadas sob os caixas eletrônicos – para facilitar o deslocamento dos aparelhos – e o auxílio de correntes, a quadrilha arrancou os caixas.

Na fuga, deixaram cair um dos equipamentos, na Rua Constante Prendin, a cem metros da agência. Assustados, moradores contam que eles tentaram reaver a máquina, mas desistiram.

– Esse tipo de ação impressiona. De 16 anos para cá, nunca tinha presenciado uma ação desse tipo em Nova Palma – conta o sargento Egleton José Soares Rodrigues, comandante da BM.

A outra ação criminosa ocorreu por volta do meio-dia, em Pinhal Grande, a 29 quilômetros de Nova Palma.

– Tenho a mesma sensação de todo mundo. Acredito que se trata do mesmo grupo, por causa da proximidade entre as duas cidades – diz o delegado Márcio Schneider.

Não foi revelada a quantia que estava no caixa furtado em Nova Palma. A agência, o caixa eletrônico que ficou pelo caminho e os veículos usados na ação passaram por perícia. As impressões digitais podem ajudar na identificação dos autores.

Fonte: Zero Hora

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