Minuta apresentada traz alterações, que não passaram pela mesa de negociação, e fragilidades jurídicas.
Uma análise preliminar da Comissão de Organização de Empregados (COE) do Banrisul aponta que há mais aspectos negativos do que positivos no documento entregue pelos representantes do Banco na mesa de negociação desta quarta-feira (25/06). O texto altera outros acordos em pontos que não foram debatidos, incluindo alterações significativas no Programa de Participação nos Resultados (PPR). “Além de não chegar a uma proposta equilibrada, o Banco traz uma minuta extensa, com modificações que sequer foram mencionadas ao longo dos seis meses de mesas, como a exclusão da cláusula 6ª do ACT Banrisul”, aponta Luciano Fetzner, coordenador da COE e presidente do SindBancários Porto Alegre.
A minuta de acordo está sob análise minuciosa das assessorias jurídica e econômica da Fetrafi-RS, com foco especial nos pontos que não passaram pela mesa e nas possíveis inconstitucionalidades detectadas pela COE. “A postura do Banco nesse momento faz parecer que não estão realmente interessados em fechar esse acordo”, observa a diretora da Fetrafi-RS e coordenadora da COE, Raquel Gil de Oliveira. “Qualquer acordo deve se basear no debate feito em mesa. E a minuta que recebemos ontem não reflete isso, chega a ser um desrespeito com a negociação”, complementa a dirigente.
Acesse AQUI a minuta sugerida pelo Banco.
Diante disso, a COE mantém a posição crítica à proposta de reestruturação entregue pelo Banrisul e volta a se reunir na semana que vem para concluir a análise e definir os próximos passos.