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Com retorno insuficiente, negociação sobre reestruturação do Banrisul segue lenta

COE cobrou critérios objetivos e descrição de cargos do Banco. Além disso, voltou a cobrar criação de GT para aprofundar o debate

Em mesa de negociação nesta terça-feira (11), o Banrisul trouxe respostas insuficientes para os questionamentos da Comissão de Organização dos Empregados do Banco (COE) sobre a reestruturação de cargos e funções. O movimento sindical segue cobrando critérios transparentes e objetivos para acesso, ascensão e descenso; descrição clara das funções e a não redução de salário em razão da mudança de jornada.
O Banco encaminhou na manhã desta terça, poucas horas antes da reunião, um ofício que responde parcialmente às posições e questionamentos enviados à diretoria pelo movimento sindical antes do carnaval. No documento, o Banrisul indica que “o acesso às funções gratificadas, bem como progressão posterior, ocorrerá quando existirem posições vagas, ficando habilitados a concorrera a estas os empregados com bom desempenho, conforme o Banriperforma.” A COE avalia que esta não pode ser a única métrica para evolução funcional e exige critérios mais objetivos.
Além disso, o Banco não explicou como vai resolver o problema dos escriturários que hoje fazem trabalho similar ao de analistas com jornada de 6 horas. Diante de uma resposta vaga do Banco, a representação dos trabalhadores se posicionou pela isonomia, defendendo que todos devem fazer jus à gratificação pertinente às atribuições que executam.
Sobre a questão da redução salarial, que foi apresentada pelo Banco na proposta de redução de jornada, não se saiu do mesmo lugar. Ainda que o Banrisul afirme que os colegas reenquadrados não terão prejuízos na carreira, seguem não dando respostas sobre as demandas de não haver redução salarial e manutenção dos mesmos patamares nas gratificações de função. O movimento sindical continua afirmando que não aceitará nenhuma redução salarial.

Preocupação com o futuro do Banrisul

Durante a reunião, os representantes dos trabalhadores demonstraram preocupação com o futuro do Banco. Não há por parte da atual diretoria e seus negociadores nenhuma informação sobre fechamento de agências; movimentações de colegas, que estão ocorrendo de forma pouco transparente; nem explicações sobre novo modelo de atendimento do Banco. Para dar conta de tantas incertezas, o movimento sindical insistiu na instalação de um grupo de trabalho paritário, no qual deve ser aprofundado o debate sobre o futuro do banco.
Uma nova mesa de negociação será agendada na semana que vem para continuidade da discussão, na qual a COE espera que o Banrisul traga retornos mais efetivos sobre os questionamentos levantados e, também, respostas a um segundo ofício, resultante de um levantamento de dúvidas feitos junto aos colegas tanto da rede de agências quanto da DG

Antecipação de PPR e PLR

Por meio de seu negociador, o Banco informou que não fará a antecipação de PPR e PLR, que havia sido solicitada pelo movimento sindical. Assim, o pagamento dos dois programas entrará apenas na folha do dia 25 de março.

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