Redução da taxa de juros e incentivo ao crédito podem influenciar a atividade comercial

O volume de vendas no varejo gaúcho registrou alta de 12,8% nos primeiros três meses de 2012, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE). O resultado revela a ligeira aceleração do consumo das famílias nos primeiros meses do ano. Nos últimos dozes meses, o comércio cresceu 7,8%. Vale dizer, que ambas as taxas de crescimento são reais, ou seja, já descontada a inflação.

Dos 11 segmentos do comércio, somente veículos, motos, partes e peças registrou retração em 2012 (-2,8%). O destaque de aumento nas vendas fica por conta de equipamentos e material de escritório e informática (32,2%), móveis e eletrodomésticos (15,9%) e hiper e supermercados (11,9%) Gráfico 1. As duas principais determinantes do setor, renda e crédito, continuam crescendo. Só nos últimos doze meses, o volume de crédito aumentou 18%, atingindo 49,3% do PIB em março último. Ao mesmo tempo, a massa de rendimentos reais dos assalariados nas regiões metropolitanas teve acréscimo real de 1,3%.

Para este ano, alguns fatores devem impulsionar a atividade comercial: o processo de redução das taxas de juros, iniciado em agosto do ano passado, a retirada de parte das medidas de restrição ao crédito; a adoção de incentivos fiscais para o consumo de bens duráveis, como em alguns produtos da linha branca; a utilização do FGTS para compra de material de construção e por fim o aumento real de 7,5% do salário mínimo, em vigor desde janeiro.

Fonte: DIEESE.