O índice de confiança do consumidor americano, medido pelo Conference Board, recuou de 46,4 em setembro para 39,8 em outubro, o menor nível desde o de 26,9 registrado em março de 2009, quando o país atravessava uma recessão econômica. O resultado veio muito abaixo dos 46,0 previstos por analistas.
O patamar atingido neste mês está também muito distante do nível de 90, que sinaliza que a economia está em ritmo sólido. Os analistas acompanham de perto esse dado porque o consumo das famílias responde por cerca de 70% do PIB americano. Desde que atingiu a mínima histórica de 25,3 em fevereiro de 2009, o indicador vinha subindo, mas voltou a cair em meio à economia fraca, ao aumento dos preços dos alimentos e vestuário e ao desemprego elevado.
"A confiança do consumidor voltou para níveis que foram vistos durante a recessão de 2008 e 2009", disse o diretor do Centro de Pesquisa do Consumidor do Conference, Lynn Franco.
O subíndice que mede a avaliação dos consumidores para as condições econômicas atuais caiu pelo sexto mês consecutivo, de 33,3 em setembro para 26,3 em outubro, o menor desde novembro de 2010. O subíndice de expectativas para os próximos seis meses, por sua vez, cedeu de 55,1 para 48,7.
A queda da confiança foi mais pronunciada nas famílias de renda mais alta e pode ser motivo de preocupação entre as varejistas durante a temporada de compras que se aproxima. "A perspectiva continua deteriorando-se", disse à Bloomberg a economista Yelena Shulyatyeva, do BNP Paribas em Nova York. "Isso não é bom para a temporada de festas de fim de ano, que não será horrível, mas será definitivamente pior do que a do ano passado".
Valor Online