Professores da rede estadual decidem se paralisam a partir de terça-feira
Pouco mais de um ano depois da última paralisação, o Cpers/Sindicato volta à carga contra o Piratini, e uma nova greve dos professores estaduais gaúchos é cada vez mais iminente.
Ontem à noite, o conselho geral da entidade decidiu que irá apresentar à assembleia da categoria a proposta de que a greve seja iniciada na terça-feira. Os professores votam a proposta hoje à tarde no Gigantinho, na Capital.
De acordo com a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, a recusa do governo estadual em retirar da pauta da Assembleia Legislativa os projetos do pacote de medidas que prevê reajuste salarial e mudanças no plano de carreira dos professores determinou o rumo tomado pelo Cpers.
– A greve irá inviabilizar o fim do ano letivo. A culpa é exclusiva da governadora Yeda Crusius, que insiste em manter essas propostas que atacam o magistério – disse a dirigente.
Segundo ela, os projetos retiram conquistas históricas dos servidores, como a licença-prêmio e os triênios, além de atacar o reajuste de R$ 1,5 mil para os professores com 40 horas semanais e as promoções por mérito.
– Vamos passar a próxima semana pressionando o governo e os deputados até que retirem os pacotes. A greve se manterá até que eles recuem – ressaltou.
Nos últimos anos, a decisão do conselho antecede o que normalmente é decidido na assembleia. No ano passado, o órgão, formado por 144 membros, aprovou o indicativo de paralisação das atividades por tempo indeterminado. No dia seguinte, os professores acataram a deliberação.
A reivindicação era de que o governo retirasse o projeto que criava o piso salarial estadual. Depois de 14 dias, envolta na polêmica de cortar o ponto dos educadores, a paralisação terminou. Em março de 2006, o conselho também antecipou o caminho que a categoria seguiria: foram 37 dias sem aula no Rio Grande do Sul.
A assessoria da Secretaria Estadual de Educação afirmou que só irá se manifestar sobre o tema após o término da assembleia de hoje.
*Zero Hora