Notícias

EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA EM SP TEM MAIOR QUEDA EM 18 ANOS

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo em maio atingiu o menor nível para o mês desde 1991, em 13,3%. Apesar disso, o emprego com carteira assinada caiu 3,2%, a maior redução em 18 anos.

Os dados são de pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De acordo com Alexandre Loloian, coordenador técnico da equipe de análises da Seade, a queda significa cerca de 100 mil vagas formais a menos que em abril.

"Não é incomum ter redução. O que foi diferente desta vez foi a intensidade", afirmou Loloian. O emprego sem carteira, por outro lado, registrou alta de 3,2% no período– ou 33 mil postos.

De acordo com o coordenador, esse movimento costuma acontecer quando há alguma insegurança entre os empresários. Ele citou que o aumento dos juros e da inflação, além da desaceleração no ritmo de atividade após um primeiro trimestre bastante forte, podem ter contribuído para isso.

A redução nos postos formais também ocorreu no total das sete regiões analisadas pela pesquisa. As vagas com carteira assinada tiveram queda de 1,1% no país, ou 99 mil a menos, enquanto as sem carteira cresceram 1,3%, ou 25 mil.

A taxa de desemprego total nas sete regiões (São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador) ficou em 13,2% em maio, ante 13,3% em abril.

O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,904 milhões de pessoas no mês passado, 38 mil a menos do que em abril. Esse número é resultante do fechamento de 32 mil vagas, aliada à saída de 70 mil pessoas do mercado de trabalho.

Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, teve baixa de 0,2%. O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,068 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 21,972 milhões.

Na divisão por atividade, o nível de ocupação caiu na maioria dos setores: comércio (-57 mil), construção civil (-21 mil) e agregado de outros setores (-18 mil). Já na indústria e em serviços, houve a criação de 14 mil e de 50 mil postos, respectivamente

Fonte: Folha Online

Veja outras notícias