Os funcionários do Banco do Brasil começaram sábado, dia 15, durante o Encontro Estadual, a preparação para Campanha Salarial 2010. Na ocasião foram debatidas as demandas verificadas em unidades do BB no Rio Grande do Sul, além de temas gerais que permanecem pendentes nas negociações específicas com o banco.
Para Ronaldo Zeni, diretor do SindBancários, este ano os funcionários do BB devem se concentrar na elaboração de uma pauta mais estratégica e abrangente, a fim de agilizar as negociações com o banco. "Precisamos interferir de maneira mais efetiva e direta nas ações do Banco, que geram pressão pelo cumprimento de metas entre outras situações e precarizam as condições de trabalho. Outras questões como a falta de critérios para ascensão profissional dentro da empresa e a redução do salário base, também devem ser abordadas com a direção do banco de maneira estratégica", destaca Ronaldo.
O dirigente observa ainda que a mesa de negociação com o BB, concomitante à negociação com a Fenaban, deve ser aprovada novamente pelo Congresso Nacional de Funcionários do Banco do Brasil. "Esta é uma estratégia que deu certo e deve ser mantida em 2010 para que possamos avançar mais nas reivindicações específicas dos funcionários do BB", afirma.
Já o diretor do SindBancários, Flávio Pastoriz, lembra que foi importante romper com o jejum de aumento real imposto pelo governo Fernando Henrique Cardoso, durante oito anos, aos funcionários do BB. "Vamos lutar para evitar retrocessos neste sentido", afirma.
Além da remuneração, o dirigente sindical diz que a melhoria das condições de trabalho irá nortear as reivindicações dos bancários do BB. "Temos que dar um fim às metas abusivas. Os funcionários do BB apresentaram diversos sintomas nos últimos anos, que resultam da pressão pelo cumprimento de metas. Hoje as doenças relacionadas ao trabalho mais comuns são as psicológicas. Isto prova o desgaste emocional dos trabalhadores devido ao excesso de trabalho", ressalta Pastoriz.
Pastoriz também destaca que a implantação do plano odontológico, compromisso assumido pelo banco em 2008, continuará sendo cobrada do BB. "Não vamos aceitar que o banco deixe de cumprir o que for firmado na mesa específica", garante.
Fonte: Fetrafi/RS