Banco assumiu compromisso de reavaliar alternativas
Foi realizada nesta segunda-feira, 8 de junho, no Rio de Janeiro, nova reunião de negociação entre o Banco do Brasil e as entidades de representação dos funcionários, da ativa e aposentados. Os negociadores que representam os associados comentaram que têm debatido as questões que envolvem a sustentabilidade da Cassi com seus representados e que vários pontos têm sido questionados.
A representação dos trabalhadores destacou ao BB que os consensos firmados na mesa de negociação na reunião do dia 19 de maio têm ampla aceitação entre os associados da Cassi:
Concordância com a proposta apresentada inicialmente pelos dirigentes eleitos da Cassi, que prevê a implementação plena do Modelo de Atenção Integral à Saúde;
Garantia de cobertura para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas; e co-responsabilidade entre BB e associados.
Também lembraram ao banco que a solidariedade é uma premissa fundamental. Neste contexto, os negociadores dos associados argumentaram que a proposta apresentada pelo BB na reunião passada traz alguns ingredientes que dificultam a construção de uma solução para a Cassi. A principal delas é o risco de os aposentados ficarem sem a devida cobertura em relação à saúde com a completa desvinculação do Banco após o repasse dos valores provisionados como compromisso pós-laboral no balanço.
Uma evidência disso, segundo os negociadores dos associados, é a proposta do BB de que eventuais déficits futuros sejam rateados apenas entre os associados. Também foram questionados os dados que embasaram a proposta do BB.
Diante de inúmeras indagações feitas pelos diversos integrantes da representação dos associados, o BB reiterou que não tem nenhuma intenção de abandonar os aposentados. Diante da solicitação dos integrantes da mesa, deixou aberta a possibilidade de que as entidades representativas dos funcionários que participam da negociação chequem os dados apresentados pelo Banco, inclusive contratando consultorias de sua confiança, se for o caso.
O Banco do Brasil também se comprometeu a estudar adendos à proposta já apresentada, no sentido de resolver algumas das questões levantadas pelos negociadores dos associados.
Entre os estudos que o Banco se comprometeu de fazer estão melhorias no percentual de 0,99% que seria acrescido à contribuição mensal dos ativos; possibilidade de o BB investir recursos na implementação das medidas estruturantes, estimadas em 150 milhões de reais; possibilidade de o BB participar do rateio de eventuais déficits futuros; possibilidade de o BB retirar de sua proposta a obrigatoriedade de, no eventual rateio de déficits futuros entre os associados, levar-se em conta critérios como faixa etária, grupo familiar (dependentes) ou utilização no período do déficit.
Os negociadores que representam os associados deixaram claro que a busca desses dados não representa compromisso em aceitar a proposta do Banco, mas que eliminar essas dúvidas é fundamental.
A próxima reunião ficou previamente agendada para o dia 19.06, em Brasília.
*Representação dos funcionários da negociação com Fetrafi-RS