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LUCROS DOS BANCOS DEVE CRESCER NO 2º SEMESTRE

O lucro maior na segunda metade do ano deve acontecer em consequência de iniciativas como a provável redução da provisão

Os resultados do segundo trimestre das instituições financeiras, que começam a ser divulgados hoje, com o Bradesco, deverão vir parecidos com os do primeiro quarto de 2009 e devem aumentar no segundo semestre, de acordo com especialistas do mercado.

O lucro maior na segunda metade do ano deve acontecer em consequência de iniciativas como a provável redução da provisão para devedores duvidosos, que tem sido elevada pelo temor dos bancos com a inadimplência. Além disso, é prevista uma maior recuperação do crédito.

Quanto ao segundo trimestre, o Bradesco deve alcançar um lucro líquido de R$ 1,818 bilhão, ante R$ 1,723 bilhão no primeiro quarto do ano, segundo uma corretora que preferiu não se identificar. Dessa forma, o Bradesco encerraria o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 3,541 bilhões, queda de 13,7% em relação ao mesmo período de 2008.

A corretora ainda estima que o banco tenha um resultado operacional antes de provisões na casa de R$ 5,181 bilhões entre abril e junho, o que representaria um avanço de 12% ante o mesmo período do ano passado.

Ainda segundo projeções dessa corretora, o Itaú Unibanco teria um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre do ano, uma alta de 39% em relação ao período de janeiro até março, quando alcançou um total de R$ 2,015 bilhões.

O resultado operacional antes de provisões da instituição, para essa companhia, deve ser de R$ 10,198 bilhões no segundo trimestre. O dado não foi comparado ao mesmo período do ano passado, pois as instituições ainda não operavam em conjunto.

Já para a Ágora, a perspectiva é que a instituição encerre o segundo trimestre com algo em torno de R$ 2,4 bilhões. Segundo o analista da corretora Aloísio Lemos, o crescimento se deve a um efeito extraordinário negativo apurado pelo banco no primeiro trimestre.

O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco no primeiro trimestre foi de R$ 2,5 bilhões. Dessa forma, a instituição encerraria o trimestre com aproximadamente R$ 4,4 bilhões, um crescimento de 95% em relação ao mesmo período de 2008.

O resultado do primeiro semestre do ano passado da instituição é uma aproximação, feita pela soma dos lucros líquidos de Itaú e Unibanco que, na época, ainda não se haviam fundido. A corretora que preferiu permanecer anônima ainda espera que o Banco do Brasil chegue a um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre, contra um resultado de R$ 1,6 bilhão no período anterior.

Assim, somaria R$ 3 bilhões no semestre, ante um resultado de R$ 3,991 bilhões no mesmo período de 2008, o que representaria uma queda de 25%. Já o resultado operacional antes de provisões do BB no segundo quarto do ano, para a corretora, deve ser em torno de R$ 6,8 bilhões, o que representaria um avanço de 19% ante igual período do ano passado.

"As grandes instituições privadas devem apresentar, de maneira geral, um resultado igual ou um pouco abaixo ao do primeiro trimestre", afirma Lemos, da Ágora. Esses resultados devem acontecer, explica, porque as operações de crédito no País cresceram cerca de 4% neste ano, porém os bancos públicos cresceram 11%, enquanto os privados apenas 2%, aproximadamente.

"Esse maior volume de operações nos bancos públicos deve se refletir nos resultados do semestre", diz o analista.

Ele ainda lembra que Bradesco e Banco do Brasil devem apresentar um resultado não recorrente positivo, graças ao IPO, sigla em inglês para oferta de ações iniciais, nessa primeira metade do ano, que conseguiu uma captação de R$ 8,3 bilhões, a maior do País no ano.

Segundo o Banco Central, o saldo de crédito chegou a R$ 1,278 trilhão. Desse montante, os bancos privados ficaram com R$ 532,069 bilhões, um crescimento de 1,4% no ano, enquanto as instituições públicas chegaram a R$ 493 bilhões, um salto de 10,9%.

A safra de balanço dos grandes bancos brasileiros no segundo trimestre, que tem início hoje com a divulgação do lucro do Bradesco, terá resultados tão positivos quanto os do período de janeiro a março.

Mas a expectativa do mercado é de que, a partir do terceiro trimestre, os bancos apresentem números ainda melhores, principalmente com maior crescimento das carteiras de crédito e com menos recursos destinados à provisão contra créditos de liquidação duvidosa, conhecido como PDD.

Quanto ao segundo trimestre, o Bradesco deve alcançar um lucro líquido de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, ante R$ 1,723 bilhão no primeiro quarto do ano, segundo uma corretora que preferiu não se identificar. Dessa forma, o Bradesco encerraria o primeiro semestre com lucro líquido na casa de R$ 3,5 bilhões, uma queda superior a 13% em relação ao mesmo período de 2008.

Ainda segundo essa corretora, o Itaú Unibanco terá lucro próximo a R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre, cerca de 40% acima do alcançado de janeiro a março.

O otimismo quanto ao segundo semestre não se restringe aos bancos, mas também ao desempenho da Bolsa de Valores. E os números até julho justificam essa boa perspectiva. Com o retorno do investidor estrangeiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a semana passada com alta de 6,41%, aos 54.765 pontos.

No ano, o Ibovespa acumula valorização de 45,85%. É a maior alta para um período entre janeiro e julho em dez anos, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica.

Especialistas chamam a atenção para a volatilidade que deve ditar o ritmo do mercado de ações até o fim do ano, mas a tendência geral é de alta, ao contrário do que se prevê para o dólar.

*DCI
4/08/2009

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