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MAIS DE 80% DOS ELEITORES DIZEM NÃO AO PONTAL DO ESTALEIRO

Depois de se transformar em uma das principais polêmicas de Porto Alegre, o futuro do terreno do antigo Estaleiro Só viveu um domingo decisivo. Mais de 18 mil pessoas, de um total de 22 mil eleitores que foram às urnas, disseram "não" à proposta de construir prédios residenciais na área à beira do Guaíba. Agora, com os limites urbanísticos bem definidos, uma outra pergunta fica no ar: o que será, de fato, no local?

A proprietária do terreno, BM Par Empreendimentos, não quis comentar o assunto. Em março, a empresa havia desistido de erguer residências no local, mas esperava-se que poderia mudar de ideia se o resultado fosse favorável. Com o resultado da consulta, o indicativo é que os investidores devam agora seguir os estudos para construir apenas prédios comerciais e abandonar de vez os planos para uma parte residencial.

De acordo com o vice-prefeito da Capital, José Fortunati, o que será construído na área vai depender da decisão dos proprietários, sem interferência da prefeitura. Porém, o projeto definitivo ainda precisará da aprovação de órgãos como a Secretaria do Meio Ambiente, a Empresa Pública de Transporte e Circulação e o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP).

Ambientalistas comemoram resultado da consulta popular

Uma outra alternativa é a venda da área. A empresa é livre para negociar com outros investidores que poderão dar um outro fim à região e elaborar um projeto diferente.

– Mesmo que o local troque de donos, o resultado da consulta continuará valendo. O povo escolheu pelo não. E assim deve ficar – acredita.

Apesar da definição, a proibição de construir edifícios residenciais poderá ser contestada. Segundo Fortunati, se o Judiciário tiver um entendimento diferente, os rumos poderão mudar.

– Mas não acredito que nenhum dos dois lados entre na Justiça. Afinal, a consulta expressa uma opinião popular – ressalta.

Enquanto não é definida a obra do local, os ambientalistas comemoram a vitória de ontem. Para eles, o resultado não é apenas uma expressão pontual. É a representação da opinião da população sobre o ambiente da cidade.

– Com a vitória do "não", ficou claro qual é a posição dos porto-alegrenses. O resultado inibirá que outros projetos tentem erguer empreendimentos em qualquer ponto da orla ou de suas proximidades. É um marco para o futuro da cidade – opina Edi Xavier Fonseca, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural.

No outro lado, quem se colocava favorável à construção de prédios residenciais interpreta o resultado de uma outra forma. Segundo Rodrigo Marques, integrante da ONG Move POA, o "não" pode significar uma demora maior para o desenvolvimento da cidade e da integração da orla do Guaíba com o dia a dia da população.

 Fonte:  Zero Hora

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