Editorial de número 150 com um balanço dos ataques contra os trabalhadores, apontando as resistências em 2020

Os anos recentes trouxeram mudanças ao Brasil.
As notícias que veiculamos aqui, no Brasil de Fato, não têm sido boas ao povo brasileiro. A democracia foi abalada; a política, embrutecida. As riquezas nacionais, varridas; as reservas socioambientais, devoradas. Direitos trabalhistas e previdenciários foram rebaixados. Os empregos não vieram. Práticas racistas, machistas e homofóbicas têm sido mais incentivadas do que antes. A educação e a cultura têm sofrido ataques avassaladores, colocando em risco a produção de bens tecnológicos e artísticos brasileiros, que também movimentam nossa economia. Foi na carne, por fim, que nos cortaram. As condições de vida têm sido rebaixadas. Os mais pobres são os que mais sofrem. A alta do preço da carne é um dos mais recentes símbolos de uma prosperidade somente para os ricos.
Os tempos de hoje são de seriedade para que possamos erguer a cabeça e enfrentar a realidade. As explosões de contestação em países latino-americanos mostram que o resultado final não está dado. No Brasil, experiências econômicas solidárias, a organização, a educação e a comunicação popular devem crescer e se consolidar como um caminho de resistência, como mostra nossa última edição especial de 2019.
O mar dos acontecimentos, de fato, é agitado. Ao povo, o fim da História nunca está dado.
BRASIL DE FATO