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NEGOCIAÇÃO: BANCO DO BRASIL NÃO SE POSICIONA QUANTO À JORNADA DE 6H

Funcionários fazem Dia Nacional de Luta na próxima quarta-feira, dia 07

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, integrada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, retomou nesta quinta-feira, 1º de março, em Brasília, a mesa de negociações permanentes com representantes do banco. Na pauta da reunião, o cumprimento da jornada de 6 horas, o VCPI de egressos de bancos incorporados, a Resolução Normativa 254 da ANS (Agência Nacional de Saúde) e a implantação do projeto de PSO (Plataforma de Suporte Operacional).

O movimento sindical voltou a cobrar do BB a apresentação de uma proposta concreta para debate sobre a jornada legal de 6 horas, uma vez que, em tese, o banco possui um estudo sobre o assunto. Os representantes do banco responderam, porém, não haver nenhuma decisão da diretoria para que a questão possa ser apresentada e que, portanto, não teria o que negociar neste momento.
A Comissão de Empresa ponderou, que qualquer decisão do BB envolvendo essa demanda deverá ser informada antecipadamente ao movimento sindical. Desta forma, poderá haver debate na base entre os trabalhadores, que terão oportunidade para se posicionar sobre eventuais propostas a serem implantadas pela empresa.

"O Banco do Brasil ainda não admite negociara jornada de 6 horas, que é um direito dosfuncionários. Vamos nos mobilizar e fazer um grande ato público nacional no dia 7, para que o banco mude de postura e respeite seus trabalhadores", destaca o diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.

Outros temas discutidos na reunião:

Cassi

Tão importante quanto o tema das 6 horas, a Contraf-CUT apresentou reivindicação por escrito ao BB para que aprove na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Cassi, marcada para março, a adequação das normas da Caixa de Assistência à nova regulamentação prevista pela Resolução Normativa 254 da ANS (Agência Nacional de Saúde).

Pela norma, os planos de saúde que não aceitarem se adaptar poderão continuar a existir, mas não poderão mais aceitar nenhum novo associado a partir de 4/8/2012, conforme prevê o artigo 27 da resolução.

O banco ficou de se pronunciar posteriormente sobre o assunto.

VCPI

Quando da adesão ao regulamento do BB pelos funcionários egressos dos bancos incorporados, em especial os funcionários do antigo BNC, as verbas salariais foram redistribuídas para adequarem-se ao PCS/PCR da empresa. Desde o início, o movimento sindical reivindicou o desmembramento da verba VCPI, por ela misturar verbas relativas a salários com verbas pessoais.

Em negociações no ano passado, o banco sinalizou que não faria o desmembramento em virtude de problemas técnicos, mas que a verba sofreria reajuste baseado no percentual dos interstícios previstos no PCR, fato que deve ocorrer na folha de março de 2012. Mas até o presente momento o banco não confirmou o negociado.

Na negociação desta quinta-feira, um representante do BB disse que irá consultar a Dipes acerca dessa situação e informará a Contraf-CUT num próximo encontro que trate especificamente do plano de cargos do banco.

PSO

O representante da Dinop na negociação fez uma apresentação da retomada do projeto PSO. Informou que o projeto vai ser implantado em 89 municípios, com mais de cinco agências, num total de 101 plataformas, abrangendo mais de 1.500 agências.

A previsão é de que todo o processo de implantação termine em julho, sendo que em março o projeto será concluído nos municípios abrangidos pelo projeto-piloto. Fruto dessa implantação, serão criadas, segundo o banco, 393 novas oportunidades de comissionamento na rede.

Logo após a apresentação, houve debate sobre os pontos relacionados a direitos do trabalhador e condições de trabalho. Consoante deliberação do 22º Congresso Nacional dos Funcionários, o movimento sindical tem preocupações com mais esta reestruturação no processo produtivo do banco, que causa apreensão nos funcionários realocados para o setor.

As principais preocupações estão relacionadas à dotação e nomeação dos caixas executivos e dos gerentes de serviços, ao processo de avaliação de desempenho a distância, ao eventual rodízio ou à flutuação entre as dependências, às substituições/desvios de função, ao sistema de monitoramento da fila (GAT) e à representação sindical nos locais de trabalho, entre outras.

O movimento sindical denunciou que alguns locais estão descumprindo o previsto no projeto, em especial no que diz respeito à utilização de cartão nível 3 por todos os caixas e ao não pagamento de horas extras, e reivindicou que, para tornar mais atrativo para os funcionários o encarreiramento nessas plataformas, são indispensáveis a valorização salarial dos gerentes de serviços e o reconhecimento do caixa executivo como comissionado com VR compatível com outros bancos públicos.

Delegados sindicais na PSO

O movimento sindical deixou claro na negociação, que a mudança do prefixo, quando da implantação do PSO, não implica na renúncia do mandato uma vez que a lotação do funcionário permanecerá a mesma.

Cronograma de implantação do PSO no RS:

Porto Alegre: Implantação até 30 de abril.

Demais RS – Santa Maria, Canoas, Pelotas, Caxias, Passo Fundo e Rio Grande – implantação até 13 de julho.

GAT

A Comissão de Empresa denunciou que a utilização do GAT está sendo equivocada, com a baixa das senhas para cumprir o tempo de atendimento em função do Sinergia. Segundo os sindicalistas, isto gera uma parametrização equivocada da equipe de trabalho e, consequentemente, atinge a saúde dos trabalhadores.

PCR

O Banco do Brasil vai verificar a possibilidade de mudança nos grupamentos, na pontuação e inclusão dos caixas na carreira por mérito. Nas próximas reuniões deverá abordar o tema novamente.
Calendário de negociação

Ainda estão previstas mais duas reuniões da mesa permanente de negociação para o mês de março. A primeira ocorre no dia 13, para apresentação pelo BB do novo Sinergia e a segunda, agendada para o dia 20, para discussão sobre a implantação do Banco Postal.

*Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

 

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