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No 16º CECUT-RS, bancários apontam conferência nacional do sistema financeiro

O Encontro do Setor Financeiro, realizado na tarde de sexta-feira (4) no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, debateu a construção de uma proposta de resolução para o 16º Congresso Estadual da CUT Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS).

O evento antecedeu a abertura oficial do congresso, ocorrida no início da noite no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

Entre as propostas apresentadas está a realização de uma conferência nacional do sistema financeiro, a exemplo das conferências de saúde, educação, direitos humanos e comunicação, dentre outras.

O objetivo é discutir com a sociedade a atuação do Banco Central, o papel dos bancos públicos e privados, bem como das cooperativas de crédito, das fintechs e demais instituições. A ideia é buscar a regulamentação do sistema financeiro, a fim de colocá-lo a serviço dos interesses da sociedade.

Também foi reforçada a luta pela queda acentuada da taxa básica de juros (Selic) e a saída do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e com mandato até 31 de dezembro de 2024 por conta do projeto de autonomia do BC aprovado no governo Bolsonaro.

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A atividade foi coordenada pelo vice-presidente e a secretária de Combate ao Racismo da CUT-RS, Everton Gimenis e Isis Garcia, respectivamente. Também compareceu o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.

Gimenis fez um balanço positivo da atual gestão da CUT-RS, destacando a atuação na pandemia, quando não faltou enfrentamento ao negacionismo de Bolsonaro que deixou um saldo de mais de 700 mil mortes de brasileiros e brasileiras, e a construção do projeto CUT com a Comunidade. Ele criticou o discurso de responsabilidade social dos bancos.

“Começamos com a doação de cestas básicas para garantir o mínimo para as famílias necessitadas, com auxílio dos sindicatos, e depois ampliamos. Com a participação das mulheres das comunidades surgiram as cozinhas solidárias, com distribuição de marmitas, garantindo a sobrevivência nesse período tão difícil”, enfatizou Isis.

Para ela, as entidades devem se preocupar não apenas com as pautas de suas categorias, mas também olharem para o todo e atuarem como espaços sociais, participando das lutas que afetam a população em geral.

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Ademir resgatou a proposta da conferência nacional do sistema financeiro, construída na década passada pela Contraf-CUT, salientando “a importância de ouvir a categoria bancária e a sociedade sobre a forma de atuação dos bancos”.

Ele reforçou também a continuidade da luta por juros baixos e pelo fim da chamada autonomia do BC, dizendo que “a instituição precisa ser dirigida pelo governo eleito pelo povo e não por representantes do governo derrotado nas ruas”..

 

FONTE: CUT RS

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