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“O que é bom para o RS, é bom para o Banrisul”, diz Fernando Lemos

Sabatina com o indicado à presidência do Banco ocorreu nesta segunda-feira na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa

Fernando Guerreiro Lemos, indicado do governador Eduardo Leite à presidência do Banrisul, passou por sabatina nesta segunda-feira (19), na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa. Dirigentes do SindBancários e da Fetrafi-RS acompanharam a reunião, que durou mais de uma hora. Para assumir o cargo, Lemos ainda precisa passar pela aprovação em Plenário.

Advogado formado pela Universidade de Brasília, o indicado já foi presidente do Banrisul entre 2003 e 2010; presidiu a extinta Caixa Econômica Estadual entre 1990 e 1991, e foi diretor do Banrisul entre 1996 e 1999. Atualmente, ocupa o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça Militar do Estado. O nome de Lemos encontrou ressonância entre os deputados presentes. Miguel Rossetto, Zé Nunes e Pepe Vargas, todos do PT, já confirmaram que a bancada aprovará a indicação. O líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), foi designado como relator da matéria e também deve apresentar relatório favorável.

Conhecido dos empregados mais antigos do Banco, Lemos também é bem recebido pelo movimento sindical, que vê sua indicação como uma sinalização positiva de abertura do diálogo e fortalecimento do banco público. “Esperamos poder conversar em breve com o novo presidente sobre as pautas que mais interessam aos Banrisulenses, como a discussão sobre o novo Plano de Cargos, Funções e Salários”, afirma o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner.

“Lemos valoriza os empregados do Banrisul, prova disso que ele foi responsável pela retomada de direitos retirados em governos anteriores, como o abono assiduidade. Portanto, acreditamos que retomaremos também o diálogo que estamos perdendo com esse esdrúxulo quando de carreira apresentado por Claudio Coutinho”, afirma o diretor do SindBancários e banrisulense, Gilnei Nunes.

Tecnologia e competitividade

Durante a sabatina, investimentos em tecnologia foi um dos assuntos mais pautados. “A tecnologia nos ajuda a chegar em mais pontos, mas não é um fim em si mesma, ela serve para dar conforto. É preciso ter presença dos funcionários para auxiliar os clientes, pois a atividade econômica sempre depende de alguém. O banco vai estar cada vez mais presente no meio da comunidade”, afirmou Lemos.

O indicado enfatizou os avanços tecnológicos do Banco em resposta à preocupação de alguns parlamentares com a “competitividade” do Banco do Estado frente aos bancos digitais e fintechs. “O Banrisul é um banco digital. A gente é que não sabe. Foi o primeiro banco a usar chip nos cartões, mesmo contra o que queria a FEBRABAN”, lembrou.

Para ele, é possível conciliar o atendimento físico e online. “É preciso ter mais escritórios e ter agências, mas é possível conciliar as duas coisas. Essa é uma tarefa fácil de resolver e o banco está preparado pra isso. Temos a melhor equipe de tecnologia bancária do país. Eu não tenho medo das fintechs, o Banrisul é muito melhor do que elas”, concluiu, destacando que os funcionários são o maior ativo do Banrisul e que a TI seria o segundo maior ativo.

Defesa do banco público

Ao contrário do atual presidente do Banrisul, Lemos não é simpatizante da privatização. Ele garante que durante a sua gestão, o banco permanecerá público. “O governador já disse que a privatização não está em pauta e a minha escolha tem a ver com isso”, pontuou.

“Conhecemos Lemos, e sabemos de vínculo com o banco, e do conhecimento que ele tem sobre a inserção do banco no território gaúcho. Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, consideramos positiva a indicação, pois conhece a economia do Estado, e a realidade de nosso município. Foi importante ouvir que ele acredita no Banrisul como banco público!”, comentou o deputado Zé Nunes ao final da sabatina.

Desenvolvimento socioeconômico

O papel social do Banrisul para impulsionamento do desenvolvimento econômico do Estado foi outro tema destacado na arguição. “Temos uma preocupação com a ausência de uma estratégia de desenvolvimento econômico para superação dos desafios fiscais do estado. Portanto, é um privilégio estratégico o estado ter três instituições como o Banrisul, BRDE e Badesul”, disse o deputado Miguel Rossetto.

Lemos enfatizou que o Banrisul está presente em 99% do PIB do Estado e que o banco vai continuar ajudando a economia do RS. “O que é bom para o Rio Grande do Sul, é bom para o Banrisul”, finalizou o futuro presidente.

Imprensa SindBancários

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