A oferta de ações do Banco do Brasil (BB) pode passar de R$ 10 bilhões, segundo os detalhes da operação divulgados ontem. Serão ofertados 356,8 milhões de papéis, sendo 286 milhões em oferta primária (dinheiro que vai para o caixa do banco) e outros 70,8 milhões em distribuição secundária (ações pertencentes aos sócios).
Os sócios vendedores são a BNDESPar, braços de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Fundo de Investimento Caixa Garantia Construção Naval Multimercado (FI-FGCN) e o Fundo de Investimento Caixa FGHAB Multimercado (FI-FGHAB).
Considerando o preço do papel anteontem, de R$ 25,52, a distribuição soma R$ 9,1 bilhões. Se o lote suplementar de 15% for integralmente colocado, o montante chega a R$ 10,1 bilhões.
Os atuais acionistas têm direito de preferência na oferta, mas a proporção ainda não foi definida. Pelo cronograma estimado da operação, os pedidos de reserva para varejo vão de 18 a 28 de junho. Na oferta de ações preferenciais a reserva acaba mais cedo, dia 22 de junho. O preço será fixado no dia 29.
Atendidos os acionistas é a vez do pequeno investidor, que poderá participar com no mínimo R$ 200, por meio de aplicações em cotas de um único Fundo FIA-BB, e com R$ 1 mil via compra direta.
Os funcionários também podem participar e têm fatia de 10% da oferta de varejo, e o valor mínimo é de R$ 1 mil. O banco tem um plano de incentivo para a compra de ações pelos funcionários: compra direta à vista com bônus de 12% e compra direta financiada com bônus de 6,72%. Se o funcionários aderir ao plano, fica proibido de vender as ações por 120 dias.
O principal objetivo da operação é ampliar o capital em circulação do banco para 25%, mínimo exigido pelo Novo Mercado. Hoje 21,7% das ações estão na bolsa, percentual que vai a 32% com a venda dos ativos. Outro objetivo é reforçar a base de capital do banco e permitir a expansão do crédito.
Fonte: Valor Econômico