Os trabalhadores do setor petrolífero praticamente concluíram a aprovação em assembleias em todo o país do acordo coletivo conquistado durante campanha salarial deste ano – a exceção é o Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ), onde a consulta ainda prossegue até a terça-feira (6). A assinatura institucional do ACT 2011/2013 está prevista para a próxima sexta-feira (9) com os representantes dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Segundo a FUP, a campanha teve um "desfecho vitorioso" devido, principalmente à mobilização dos trabalhadores nos movimentos da categoria para pressionar a empresa. Entre as principais conquistas, é citada a retomada de direitos como a progressão salarial a cada 12 e 18, garantindo a todos os trabalhadores o avanço de um nível por antiguidade a cada 24 meses, independentemente da avaliação dos gerentes – esse direito havia sido cassado durante o período FHC – e índices de 2,5% e 3,25% de ganho real além do pagamento do abono salarial.
Na questão da segurança, os petroleiros destacam a retirada da Taxa de Frequência de Acidente com Afastamento (TFCA) das metas corporativas da Petrobras e subsidiárias, tal como a participação das representações sindicais nas reuniões das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) nas plataformas. Fora isso, grupos de representantes dos trabalhadores serão incluídos nos trabalhos de apuração de eventuais incidentes.
Também houve avanços nas cláusulas sociais da campanha, especialmente em pontos como Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS), o Plano Petros, os auxílios educacionais e no Programa Jovem Universitário.
Em nota, a FUP comemora o fechamento da campanha. "A luta por segurança, ampliação dos benefícios e melhores condições de trabalho e salários continua, pois é permanente e se faz também no dia a dia, denunciando e enfrentando os gestores que atacam os direitos da categoria."
Rede Brasil Atual