Petroleiros de todo o país entraram em greve nesta segunda-feira, dia 23, para reivindicar aumento na participação de lucros e resultados (PRL) da Petrobras. No Rio de Janeiro, das 44 plataformas da Bacia de Campos, no norte fluminense, 29 aderiram à greve. Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), não houve troca de turno à zero hora. No Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), os funcionários atrasaram por duas horas o início dos trabalhos.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros, apesar de o lucro da estatal em 2008 ter sido superior em cerca de 60% ao de 2007, os valores propostos para o pagamento da participação de lucros e resultados aos funcionários estão abaixo do que foi pago pela empresa nos últimos quatro anos. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Petróleo no Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro), Eduardo Henrique, disse que a categoria quer uma proposta única de participação nos lucros e resultados para todos os trabalhadores do sistema Petrobras.
"Hoje a proposta avança de acordo com a faixa dos níveis, e entre o mínimo é o máximo há uma variação de duas vezes e meia. Sendo que uma parte dessa verba é destinada à remuneração de gerentes que não é divulgada. A gente tem processo na Justiça exigindo a divulgação da PRL de gerentes".
Além disso, os petroleiros querem garantias em relação aos postos de trabalho, ao extraturno e à segurança. Eduardo Henrique disse ainda que a greve deve durar cinco dias ou poderá ser prorrogada, caso a empresa não entre em negociação. A Petrobras informou que só se pronunciará sobre a greve dos funcionários no final da tarde.
Fonte: Agência Brasil