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PREÇO DA CESTA BÁSICA SOBE EM MARÇO NAS 17 CAPITAIS PESQUISADAS PELO DIEESE

O preço da cesta básica subiu em março nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Em São Paulo a alta chegou a a 10,49%, onde a cesta é calculada em R$ 253,74. Mas o maior valor continua sendo o de Porto Alegre, onde o valor aumentou 7,8%: R$ 257,07.

Com isso, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese passou para R$ 2.159,65, o correspondente a 4,23 vezes o mínimo oficial (R$ 510,00). Essa proporção era de 3,92 em fevereiro e de 4,31 em março do ano passado. Já o menor valor é o de Aracaju (R$ 181,70), que teve alta de 7,15%.

De acordo com o Dieese, o preço também aumentou nas 17 capitais no primeiro trimestre, com destaque para as elevações de 17,92% em Recife, 15,04% em João Pessoa, 13,96% em Salvador, 12,59% no Rio de Janeiro e 11,2% em São Paulo. As menores altas no ano são as de Fortaleza (3,09%), Belo Horizonte (4,86%) e Belém (5,58%).

Na comparação com março de 2009, o valor caiu apenas em Goiânia (-1,10%). Os maiores aumentos foram registrados em Recife (15,12%), São Paulo (14,35%) e João Pessoa (12,35%).

Com a forte alta, aumentou também o total de horas necessárias para o trabalhador que ganha salário mínimo adquirir a cesta básica. A média, em março, chegou a 94 horas e 38 minutos, ante 88 horas e 52 minutos em fevereiro. Em março de 2009, o período era maior: 96 horas e 12 minutos.

Segundo o Dieese, o principal responsável pela alta de fevereiro para março foi o tomate, com aumentos em todas as capitais, atingindo 75,39% em Curitiba, 73,13% em São Paulo, 67,78% em João Pessoa e 64,31% no Rio de Janeiro. Em 12 meses, o preço do tomate subiu 117,10% no Rio, 109,72% em João Pessoa, 99,31% em Recife e 70,43% em Florianópolis.

"Além do preço elevado, o tomate está com baixa qualidade", diz o instituto. "As condições climáticas adversas desorganizaram a produção, e tornaram necessário o replantio nas principais regiões produtoras. Após este procedimento são necessários cerca de três meses para a colheita. Assim, no momento a oferta é pequena e o preço teve alta."

Fonte: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

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