A Fetrafi-RS reuniu dirigentes e delegados sindicais do Banrisul de todo o Estado na última sexta-feira, na sede do SindBancários, em Porto Alegre. A mesa de abertura das atividades foi coordenada pelos diretores da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa. Pela manhã os 92 participantes da reunião tiveram um painel sobre conjuntura política com o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, seguido de palestra com a militante da Marcha Mundial de Mulheres e integrante do Comitê Estadual por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político, Maria do Carmo Bittencourt, que abordou temas relacionados à diversidade e política.

Momento de disputa

Em suas explanações o presidente da CUT destacou a importância da disputa eleitoral para presidência da República. “Em 2002, com eleição do Lula, houve o rompimento com o modelo neoliberal dentro do Capitalismo e este momento foi histórico para a classe trabalhadora. Por outro lado, é preciso entender a força que o Congresso Nacional tem para barrar os nossos projetos. O setor conservador tem a maior parte das cadeiras do Congresso. Trata-se de uma elite que não deixa de lucrar nunca, independente do regime político do País. Agora eles vêm novamente com o discurso de mudar o rumo do Brasil. Eles trazem o retrocesso e a visão privatista”, analisa o sindicalista.

Crítica ao ódio de classe

“A vaia e o desrespeito à presidenta Dilma na abertura da Copa do Mundo não representaram um mero protesto. Eles mostram o ódio de classe. O ódio daquela elite que estava lá e pode pagar R$ 800,00 por um ingresso para assistir ao jogo. Devemos compreender o que está em disputa agora e qual é o nosso lado. Estamos atualizando a pauta da classe trabalhadora e precisamos fazer pressão para dar legitimidade às reivindicações. Não podemos esquecer que estamos em uma sociedade de correlação de forças”, avalia o presidente da CUT/RS.

Nespolo destaca que a democracia é válida somente para a classe trabalhadora e que é necessária uma grande mobilização pela reforma política. “Dos 514 anos do Brasil, desde o descobrimento, 388 anos foram de escravidão e servidão. Estamos vivendo agora o mais longo período de democracia continuada. Temos pela frente o imenso desafio de coletar milhões de assinaturas, através do Plebiscito Popular pela Reforma Política, de 1º a 07 de setembro, para enfim viabilizar profundas mudanças no sistema que está aí. Desde já convocamos a categoria bancária para esta luta”, destaca o sindicalista.

Diversidade na política

*Imprensa/Fetrafi-RS