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REPROVAÇÃO A YEDA CRUSIUS CHEGA A 51%

Opinião Pública – 03/06/2009

Para metade dos moradores do Estado do Rio Grande do Sul a governadora Yeda Crusius, do PSDB, está fazendo um governo ruim ou péssimo, revela pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 26 e 28 de maio. Em novembro de 2007, pouco antes do final do primeiro ano de governo, 46% achavam que a peessedebista tinha um desempenho ruim ou péssimo. A taxa de reprovação oscilou para 49% em março deste ano e chega agora a 51%, recorde negativo obtido por Yeda ao longo de seu mandato.

O percentual de aprovação à governadora era de 16% no fim de 2007, oscilou para 17% em março de 2009 e é hoje de 15%. A taxa dos que consideram o governo da tucana regular era de 36% em 2007, oscilou para 34% em março deste ano e é de 33% hoje.

A nota média atribuída à governadora, em uma escala de zero a dez, é 4. Na pesquisa anterior ela obtinha 4,3.

O Datafolha ouviu 1104 moradores do Estado do Rio Grande do Sul, a partir dos 16 anos de idade. A margem de erro máxima, para os resultados que se referem ao total de entrevistados, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre os moradores da capital gaúcha, Porto Alegre, o percentual de reprovação a Yeda Crusius chega a 58%, sete pontos acima da média. A tucana é reprovada por 55% dos que moram em outros municípios da Região Metropolitana e por 48% dos que residem em cidades localizadas no interior do Estado.

A governadora também é reprovada especialmente pelos mais jovens: o percentual de reprovação à governadora chega a 58% entre os entrevistados que têm de 25 a 34 anos, e é de 57% entre os que têm entre 16 e 24 anos.

A aprovação a Yeda é maior entre os mais escolarizados e com maior renda familiar mensal. Entre os que têm nível superior de escolaridade, 20% acham que ela está fazendo um governo ótimo ou bom, ante 15% que pensam o mesmo entre os que têm o ensino fundamental e 13% dos que chegaram ao ensino médio. A taxa dos que aprovam a governadora é de 11% entre os que têm renda até dois salários mínimos, de 13% entre os que estão na faixa de dois a cinco salários mínimos, vai a 25% entre os que têm rendimentos entre cinco e dez salários mínimos e chega a 27% entre os que ganham acima de dez mínimos.

Para 57% existe corrupção no governo de Yeda Crusius
Entre os que acham que existe corrupção, 88% são a favor de CPI e 70% defendem impeachment

A pesquisa do Datafolha também mostra que, a maioria (57%) dos moradores do Estado do Rio Grande do Sul acredita que existe corrupção no governo de Yeda Crusius. Para 12% não existe corrupção. Cerca de um terço (32%) não sabe dizer se existe ou não corrupção no governo da peessedebista.

A taxa dos que acreditam existir corrupção no atual governo gaúcho chega a 78% entre os que têm nível superior de escolaridade, 21 pontos acima da média, e a 70% entre os que têm renda superior a dez salários mínimos (13 pontos acima da média).

Essa percepção é maior entre os moradores da Capital (63%) do que entre os que moram no interior (54%).

Para 74% dos que reprovam o desempenho da governadora tucana, existe corrupção em seu governo. Já entre os que a aprovam, 29% acham que existe corrupção e 35% não acreditam na existência desses casos.

Entre os que acreditam na existência de corrupção chega a 88% a taxa dos que são a favor da convocação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar se a governadora Yeda Crusius está envolvida nesses casos e a 70% a dos que são a favor do impeachment da governadora. Apenas 7% se declaram contra a CPI, e 15% rejeitam o impeachment.

A maioria (55%) dos que acreditam na existência de corrupção no governo acha que Yeda Crusius tem muita responsabilidade por esses casos. Para 39% desses entrevistados ela tem um pouco de responsabilidade. Apenas 4% acreditam que a tucana não tem qualquer responsabilidade pelos casos de corrupção em seu governo.

Quando indagados sobre qual atitude a governadora deveria tomar enquanto é investigada, 44% acham que o melhor seria que ela se afastasse temporariamente e 34% defendem que ela permaneça no cargo. Acham que Yeda deveria renunciar 17%.

São Paulo, 1º de junho de 2009.

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