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Santander amplia lucros às custas de fraudes, fechamento de postos de trabalho e precarização do atendimento

Sindicato dos Bancários de São Paulo realiza ações nas regionais e denuncia prática irregular do banco, que desrespeita trabalhadores, clientes e seu papel como concessionário público

O Santander segue atuando no Brasil com total desrespeito aos trabalhadores, clientes e à sociedade. Enquanto amplia seus lucros bilionários, o banco espanhol fecha agências, impõe metas abusivas, demite bancários e promove práticas fraudulentas, especialmente no crédito consignado. Em resposta, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região intensificou, nesta semana, a mobilização nas regionais, com panfletagens, vídeos e diálogo direto com os trabalhadores e a população, como parte da campanha nacional coordenada pela Contraf-CUT.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Santander lucrou R$ 2,26 bilhões no primeiro trimestre de 2024 no Brasil. A receita com a cobrança de tarifas e prestação de serviços alcançou R$ 5,9 bilhões — valor que cobre mais de duas vezes a folha de pagamento total do banco. Ou seja, o banco arrecada muito mais com tarifas do que investe em sua principal força: os trabalhadores.

Apesar disso, a instituição segue fechando postos de trabalho e agências. Segundo dados do Banco Central, em 2023 o Santander encerrou quase 100 agências no país. A maior parte desses fechamentos atingiu regiões periféricas, ampliando a exclusão bancária e comprometendo o atendimento à população, sobretudo nas áreas que mais dependem do serviço bancário presencial.

“É inaceitável que um banco estrangeiro, que opera no Brasil por meio de uma concessão pública, atue de forma tão negligente. Fecha agências, precariza o atendimento e ainda transfere a responsabilidade das fraudes que ele mesmo promove aos seus trabalhadores. Estamos nas ruas e nas regionais justamente para denunciar essas práticas e mobilizar os colegas na defesa do nosso trabalho, do atendimento de qualidade e dos direitos da categoria bancária”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

As ações fazem parte de uma mobilização nacional da Contraf-CUT e dos sindicatos filiados, que exigem do Santander o respeito aos direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e pelo Acordo Coletivo Específico (ACT) do banco, além da responsabilização do banco por práticas abusivas e ilegais. A luta inclui também a representação de todos os trabalhadores do conglomerado Santander, que exercem atividades típicas de bancários e devem estar resguardados pelas mesmas garantias previstas na convenção nacional da categoria.

“Seguiremos mobilizados e atuando firmemente na defesa do emprego, da dignidade e dos direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras do Santander. Queremos garantir que todos sejam representados por nossas entidades e pela categoria bancária. Nenhum direito a menos!”, reforçou Wanessa.

As denúncias e mobilizações continuam. A Contraf-CUT convoca todos os trabalhadores a se manterem atentos e participativos nas próximas ações. “Unidos, somos mais fortes para enfrentar os ataques e defender nossa categoria!”, finalizou.

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