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SindBancários cobra realocação de trabalhadores de agências incorporadas pelo Bradesco

Por nenhum emprego a menos, sindicato foi até a diretoria regional do banco, em Porto Alegre

Diretores do SindBancários se reuniram com o diretor regional do Bradesco, na tarde desta terça-feira (25), na sede da diretoria regional do Banco, em Porto Alegre. Na ocasião, o sindicato tratou sobre o fechamento de quatro unidades do banco na Região Metropolitana, entre elas as agências da Avenida Cristóvão Colombo, do Bairro São João, Av. Sertório e do Parque dos Anjos, em Gravataí.

“É importante reaproveitar os recursos humanos das agências que estão sendo incorporadas, só assim poderemos evitar a sobrecarga de trabalho dos nossos colegas. O trabalhador bancário sofre com o assédio moral e as metas abusivas, nada mais natural do que cobrar medidas para que ele não seja também sobrecarregado com um volume ainda maior de trabalho”, analisa o presidente da entidade sindical, Luciano Fetzner.

Durante a reunião, a direção-regional do Bradesco garantiu que não ocorrerão desligamentos de bancários em decorrências das incorporações de unidades, algo que o secretário-geral do SindBancários, Luís Gustavo Soares, classifica como fundamental para o conjunto dos funcionários do banco no RS.

“Os clientes das agências costumam ser relocados para outras unidades, o que gera acúmulo de tarefas, caso não ocorra também o reaproveitamento de funcionários. Estamos lutando não só por aqueles que estão em estabelecimentos bancários que passam por processo de extinção, mas também por aqueles trabalhadores que vão herdar a clientela das agências que deixarão de existir”, pondera o dirigente sindical.

Para Edson Rocha, também diretor da Fetrafi-RS, o acúmulo de funções dentro das agências contribui para um ciclo vicioso que prejudica a imagem do banco.“Quando o trabalho acumula, o cliente lá na ponta sente o resultado da precarização da atividade bancária e isto prejudica a todos. Portanto, reduzir o quadro de efetivos não é a solução para o que os bancos sempre buscam, a redução de encargos e ampliação de suas margens de lucro”, pontua.

No final de setembro, o banco anunciou o fechamento de 115 unidades em todo o território nacional. Até o momento, somente quatro unidades da região metropolitana devem ter suas operações encerradas. O sindicato também busca que os profissionais destas unidades sejam realocados para ambientes de trabalho próximos aos de suas residências.“Não adianta o trabalhador da agência São João, uma das que estão sendo incorporada, ser realocado para um estabelecimento em outro município, muito distante do local em que o funcionário reside. É preciso oferecer alternativas”, aponta Sandro Cheiran, diretor da Fetrafi-RS e um dos dirigentes que acompanhou a reunião na sede gaúcha do Bradesco.

É graças aos bancários sindicalizados que o SindBancários consegue manter sua estrutura e lutar por melhores condições de trabalho para os funcionários do ramo financeiro. Vale ressaltar que quanto mais bancários sindicalizados, mais força o Sindicato tem na hora de negociar com a direção dos bancos.

Os sindicalizados ainda possuem uma série de benefícios, como atendimento jurídico gratuito em diversas áreas além da trabalhista, acolhimento psicológico gratuito, descontos em cinemas, lojas, creches, escolas e universidades, são incluídos gratuitamente nas ações coletivas movidas pelo Sindicato, entre outros.

 

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