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YEDA GASTA 560% A MAIS EM PUBLICIDADE

O plano será sustentado por um orçamento de R$ 93 milhões para publicidade neste ano, um crescimento de 560% em comparação com os R$ 14 milhões gastos na área em 2008, conforme informações do Palácio Piratini.

Fustigada por mais uma onda de turbulência política, provocada por denúncias de corrupção e embates com o funcionalismo estadual, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), decidiu reagir com investimentos pesados na imagem de sua administração para tentar virar o jogo a seu favor.

O plano será sustentado por um orçamento de R$ 93 milhões para publicidade neste ano, um crescimento de 560% em comparação com os R$ 14 milhões gastos na área em 2008, conforme informações do Palácio Piratini.

A nova estratégia de Yeda começou a ser posta em prática ainda em fevereiro, com viagens da tucana a Brasília, São Paulo, Pernambuco e Paraíba para divulgar o saneamento das contas estaduais e incluiu ontem o anúncio da aceleração do programa de R$ 1,25 bilhão em investimentos públicos em 2009, o dobro do realizado em 2008. Agora ela será reforçada com campanhas publicitárias semanais em emissoras de rádio e televisão e em outdoors para mostrar à população "o que o governo está fazendo".

"Assim a gente fala direto com o povo e política eleita tem que falar direto com o povo", disse a governadora, que prometeu anunciar "fatos relevantes" sobre atos da administração a cada semana. De acordo com ela, o governo vai economizar com a contratação antecipada de espaços publicitários até o fim do ano, mas o secretário geral de governo, Erik Camarano, não soube informar quanto do orçamento com publicidade será gasto especificamente com essa iniciativa.

Nesta segunda-feira, dia 2, Yeda também procurou desconstituir as acusações de corrupção e uso de caixa dois na campanha de 2006 feitas – sem apresentação das provas – pelo P-SOL depois da morte do ex-representante do governo estadual em Brasília, Marcelo Cavalcante, dia 14 de fevereiro. Segundo ela, as denúncias são "requentadas" porque no ano passado o Ministério Público Estadual (MPE) já havia arquivado acusações semelhantes envolvendo a compra de sua casa em Porto Alegre.

A governadora sugeriu que está sendo vítima de uma trama articulada entre uma "esquerda pseudo-revolucionária", numa referência ao P-SOL, e uma "direita golpista", numa alusão ao vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM), seu desafeto desde o início do governo: "(Isso) cheira sim a uma tradição golpista de uma minoria das minorias."

A estratégia de comunicação de Yeda também pretende neutralizar as críticas que vem sofrendo de representantes dos servidores públicos. O governo entrou em rota de colisão com a categoria no ano passado ao cortar o ponto de grevistas e ao contestar no STF o piso nacional salarial para o magistério e, agora, pretende reformular as carreiras do funcionalismo com introdução critérios de avaliação de desempenho. Por conta disto, dez sindicatos fizeram em fevereiro uma campanha que se valeu de outdoors para vincular a imagem da governadora a problemas como "corrupção", "autoritarismo" e "destruição" do Estado.

A reação da governadora aos ataques dos adversários políticos e a tentativa de criar uma agenda positiva em torno da sua administração refletem ainda a preocupação do PSDB com os efeitos da crise política enfrentada pelo governo gaúcho nas eleições do ano que vem. Em fevereiro, o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, publicou nota contra a "insidiosa campanha" promovida contra Yeda por "alguns sindicalistas aferrados a seus privilégios corporativos" e depois foi a vez do líder tucano na Câmara dos Deputados, José Aníbal, defender a governadora dos ataques do P-SOL.

Nesta segunda, os anúncios de Yeda incluíram a decisão de realizar, ainda no primeiro semestre, 60% dos investimentos programados para 2009 pela administração direta (sem contar outros R$ 1,12 bilhão que serão aplicados pelas estatais no ano) como forma de atenuar os efeitos da crise econômica no Estado. Ela também anunciou, entre outras medidas, um programa para a construção de 80 mil casas populares em dois anos em parceria com a Caixa Econômica Federal e reajustes salariais de 10% e 10,9% para soldados da Brigada Militar e policiais civis.

(Fonte: Valor Econômico)

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