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APÓS NEGATIVAS DO BANCO, BANRISULENSES AMPLIAM MOBILIZAÇÃO PARA CONSTRUIR GREVE

 Movimento sindical organiza ato nesta sexta-feira 

 Os representantes da diretoria do Banrisul repetiram nesta quarta-feira a tática de negociação das reuniões: negaram todas as reivindicações feitas pelo Comando dos Banrisulenses. Além disso, tentaram enrolar os dirigentes sindicais, com base no contexto de crise e argumentos sobre os limites financeiros do Banrisul. Em muitos momentos, usaram o tom de provocação. Ao longo de três horas tudo o que a representação dos trabalhadores ouviu foi uma sequência de "Nãos”.

Segundo Superintendente Executivo da Unidade de Gestão de Pessoas, Gaspar Saikoski, vivemos um "cenário desgraçado”, sem perspectivas de melhoras.  "Não vamos avançar além do que temos hoje. Já praticamos um nível de gratificação e remuneração acima da média. Não vamos avançar”, repetiu Gaspar.

 Após negar as reivindicações das cláusulas de valorização profissional, prêmios e auxílios e democratização do banco e trabalho de terceiros, o Banco não deixou outra alternativa aos banrisulenses se não ampliar a mobilização e construir a greve. Na avaliação do Comando, chegou a hora dos bancários mostrarem que estão dispostos a partir com tudo para a mobilização.

 O primeiro ato da construção da greve dos banrisulenses será nesta sexta-feira, 25/9. A partir das 11h haverá concentração na Praça da Alfândega, em frente à Agência Central do Banrisul, no Centro Histórico de Porto Alegre. Com disposição para a luta é preciso fazer pressão sobre a diretoria e mostrar que os banrisulenses estão cansados do descaso do Banco.

  "O Banrisul disse que vai esperar a proposta da Fenaban (sexta, 25/9) para avaliar se pode ou não fazer uma proposta própria. Até agora não houve nenhuma garantia de atendimento a qualquer cláusula econômica. Nem nas cláusulas que não envolvem dinheiro, há disposição para sinalizar avanço. O Banco não se dispõe a conversar sobre estabelecer critérios de promoção. Não fala em valorizar a PLR. E ainda por cima vem com ameaças sobre as dificuldades do Estado. Os resultados estão aí para mostrar. Todos os bancos lucraram muito com esta crise. O lucro do Banrisul cresceu mais de 60% no primeiro semestre. O Banco está levando os banrisulenses à greve”, destacou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

 Antes ou durante a GREVE

 O diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, desafiou os representantes da diretoria a apresentarem uma proposta antes da Fenaban para as cláusulas econômicas da pauta específica dos banrisulenses. "A Fenaban deve consultar vocês. Há questões que vamos ter que avançar antes da greve ou durante a greve. Vocês devem ter feito simulações para prever o impacto do índice da nossa pauta nacional de reivindicações”, disse Rocha.

 A diretora de comunicação do SindBancários, Ana Guimaraens, ponderou questões relacionadas à GMD (Gestão de Metas e Despesas) do banco. Ela apresentou exemplos sobre a utilização que a diretoria faz das metas para pressionar trabalhadores e usar como critério de promoções e fechamento de postos de trabalho. "O banco precisa é de mais caixas nas agências. Porque tem agência que, em dia de 40 graus de calor, está com ar-condicionado desligado. A GMD não pode fazer o banco queimar o filme com a população”, defendeu Ana Guimaraens. 

Para a diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, os colegas estão mobilizados para buscar avanços em direitos, mas a mobilização precisa ser ampliada para garantir uma greve forte. "O banco deve ter critérios claros de avaliação e análise de perfil para realizar um processo de seleção interna realmente representativo e democrático. Nós entendemos que o Plano de Carreira ajudaria muito nisso, mas vocês não aceitam nem discutir. Plataformistas, operadores de negócios (ONs,), colegas da TI, os escriturários, call-center, todos nós precisamos de proteção e valorização. Vocês falam o tempo todo em crise e não estão demonstrando interesse em atacar esta crise. Valorizar os funcionários é a melhor maneira de motivar e enfrentar qualquer crise”, disse Denise.

*SindBancários com edições da Fetrafi-RS

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