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ABERTA OFICIALMENTE A JORNADA CONTRA A VIOLÊNCIA E POR JUSTIÇA SOCIAL

 

A Jornada contra a Violência e por Justiça Social foi aberta oficialmente nesta terça-feira, dia 16, na Casa dos Bancários. Com a presença de representantes das entidades que integram a campanha Braços Dados, realizada por um fórum de diversas entidades, também contou com convidados, políticos e dos palestrantes.

O presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, abriu a atividade dando boas-vindas a todos e desejando uma bela jornada a todos. Também saudou o antropólogo e secretário municipal de Assistência Social e Prevenção à Violência de Nova Iguaçu, Luiz Eduardo Soares e Paulo Lins, escritor de Cidade de Deus, que integra as atividades desta quarta-feira.

"O tema da violência preocupa a sociedade contemporânea e todas as suas formas de manifestação. Vivemos numa sociedade excludente, que afasta seus integrantes e não dá oportunidade de ascensão", comentou.

O presidente disse que a violência atual também está nos locais de trabalho devido à estruturação do mercado, baseada na fixação de metas que violentam os trabalhadores. "A meta da Jornada é fazer uma reflexão para encontrar formas alternativas de construir uma segurança pública não-repressiva", afirmou.

Para Juberlei, a busca de uma sociedade mais justa passa, necessariamente, pela implantação de políticas de inclusão social e de igualdade de oportunidades a todos.

No setor bancário, lembrou que a categoria cobra segurança nas agências. "Mas somente isso não adianta, é preciso mobilizar e organizar a sociedade para a construção de um processo popular. Aqui no Estado vivemos um grave problema na área prisional. Queremos disputar a consciência da sociedade para cobrar investimentos na área social", avaliou o presidente, declarando oficialmente aberta a Jornada.

O representante da Igreja Pompéia, padre Lauro Boch, avaliou que já era "hora fazermos algo em benefício da sociedade, que está a cada dia mais violenta. No cotidiano, afirmou que a qualquer hora e em lugar estamos passíveis à violência".

"Buscamos caminhos que possam acabar com a violência. Que este evento não seja mais um grito para se perceber no universo, mas uma luz que se acenda para o futuro da sociedade."

O representante do reitor da Universidade Federal do rio Grande do Sul (Urfgs), José Vicente Tavares, informou que a academia possui atualmente cerca de 60 grupos que desenvolvem pesquisas relativas à violência. "As iniciativas trabalham pela não-violência, com ações que possam transformar a sociedade".

Destacando que o tema da violência é fruto da sociedade em que vivemos, o vice-prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, disse que infelizmente a cada dia se produz políticas de violência no país. "Por isto essa reflexão da jornada vem em boa hora. Podemos contribuir para a busca por justiça social e por uma sociedade de paz", afirmou.

Na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ivar Pavan (PT), o debate permite ampliar o conceito sobre violência. "O senso comum, quando se fala no tema, logo vem à mente a polícia ou a segurança privada. A violência do assalto, do crime, do sangue, essa que impacta mais, que chama mais atenção", declarou Pavan.

Para ele, existem outras formas de violência que não viram notícia. "O cidadão que não tem uma casa para morar não é considerado violência, a falta de acesso à escola também não."

"Nós deparamos muitas vezes com cidadãos que trabalharam a vida toda e que quando chegam à velhice não tem direito à saúde. Todos os tipos de violência devem ser enfrentados", destacou.

*Imprensa/SindBancários

 

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