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ATO ESTADUAL MARCA LUTA CONTRA DEMISSÕES NO ITAÚ

Manifestação também reivindicou melhores condições de trabalho

Desde o início da manhã desta quinta-feira, 28, dirigentes sindicais de todo o Estado, do SindBancários e Fetrafi-RS se mobilizaram no Centro de Porto Alegre, em mais um dia de luta dos funcionários do Itaú Unibanco. Cinco agências localizadas nas ruas dos Andradas e Sete de Setembro tiveram a abertura retardada até às 12h.
Após as paralisações, os bancários seguiram em caminhada até a Superintendência do Banco, localizada na Rua Sete de Setembro, onde entregaram um documento à Unidade de Relações Sindicais, rechaçando a política de demissões imotivadas e as precárias condições de trabalho dos funcionários do Itaú Unibanco.

Os manifestantes se posicionaram em frente ao prédio da Superintendência com faixas e equipamento de som, enquanto uma comissão protolocou a entrega do documento.

Desde o início de julho os bancários têm feito uma série de protestos em todo o país para denunciar as práticas abusivas do banco. Ocorreram paralisações parciais em várias cidades gaúchas, promovidas pelos sindicatos filiados à Fetrafi-RS.

Durante o protesto realizado nesta quinta-feira dirigentes sindicais se revezaram ao microfone destacando as precárias condições de trabalho impostas aos bancários do Itaú Unibanco. Os bancários reivindicam o fim das demissões, da imposição de metas abusivas, do assédio moral, da jornada excessiva de trabalho e desvios de função.

O diretor do SindBancários, Antonio Augusto Borges de Borges, enfatizou que o Itaú tem atacado os direitos dos trabalhadores. "Hoje o Itaú é um banco que não respeita as condições de trabalho, obriga os bancários a enfrentar uma rotina extenuante e impõe metas abusivas o tempo todo. São práticas de gestão muito perversas que devem ser combatidas".

"O banco mente para a sociedade quando diz que é uma instituição sustentável. Isto é um absurdo porque explora seus clientes e trabalhadores. Se continuar com estas práticas nunca será sustentável. O Itaú mente quando diz que não vai demitir, mas desde o processo de fusão com o Unibanco, as demissões não param de ocorrer", lembrou o representante dos bancários gaúchos na Comissão de Organização dos Empregados, Carlos Henrique Niederauer.

O diretor da Fetrafi-RS, Amaro Souza, salientou a importância da participação dos dirigentes sindicais do interior no protesto e a determinação dos bancários do Itaú Unibanco. "Não é possível admitir que o banco que mais lucra no país trate os seus trabalhadores, que são os verdadeiros responsáveis por esta lucratividade, sem qualquer respeito. O banco não pode simplesmente dispensar pessoas que dedicaram suas vidas ao trabalho na instituição", observou Amaro.

Veja o documento entregue ao banco:

À Diretoria -Itaú Unibanco

Unidade de Relações Sindicais II Porto Alegre

O Sindicato dos bancários de Porto Alegre e Região, atento às questões da categoria vem através deste documento cobrar medidas referente as demissões que estão ocorrendo nas Agências do Itaú Unibanco. Também a partir de uma análise criteriosa trataremos de indicar algumas questões de interesse dos bancários(as) no que se refere a cargos, salários e quadro de funcionários do Itaú Unibanco. Partindo-se da definição de particularidades e finalidades em situações verificadas nas agências onde abrange o sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região e interior do Rio Grande do Sul.

Os funcionários que se ocupam com o gerenciamento de equipes os Gerentes Operacionais de Serviços também estão submetidos aos mesmos tipos de pressões e constrangimentos, praticados por seus superiores hierárquicos. Por toda a hierarquia cada um utiliza estratégias diversas para tentar alcançar os patamares de produtividade exigidos pela empresa. Generalização do tempo de vida como tempo de trabalho, desrespeito aos valores pessoais, uso de vendas casadas, pedido de ajuda aos clientes são alguns dos recursos utilizados pelos trabalhadores para buscar cumprir suas metas.

O trabalho bancário é uma atividade desenvolvida entre as demandas dos clientes, as cobranças dos supervisores e as metas impostas pelo banco. A contradição entre as exigências de atendimento em tempo reduzido nas filas, as demandas reais dos clientes e a necessidade de efetivar venda intensificam o ritmo de trabalho e exigem habilidades de tomada de decisões, priorização das atividades, agilidade no atendimento sem queda de qualidade.

Todas estas questões servem para contextualizar o trabalho bancário e também para questionarmos como o banco trata determinados cargos como caixas, chefe de serviços e gerente operacional onde não há uma divisão de tarefas e para diminuir custos e contratações o banco está utilizando o chefe de serviços e o gerente operacional além de todas as funções de extrema responsabilidade para trabalharem no caixa o que configura também acúmulo de funções sem ganhos financeiros e paralelo a estas questões ainda estão ocorrendo demissões.

Isto posto, solicitamos a realização de reunião para tratar destas questões na tentativa coerente de preservar os postos de trabalho dos funcionários do Itaú Unibanco e sobretudo melhorar o ambiente de trabalho dos funcionários das agências.

Atenciosamente

Juberlei Baes Bacelo – Presidente SindBancários
Sandro Artur Ferreira Rodrigues – Secretário Geral SindBancários

*Imprensa Fetrafi-RS

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