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BANCÁRIOS PROMETEM NÃO DAR TRÉGUA À VIOLÊNCIA ORGANIZACIONAL NO TRABALHO

Campanha Tudo tem Limite foi lançada na manhã desta sexta, durante atividade do projeto Diálogos para Ação, em Porto Alegre

O movimento sindical bancário iniciou na manhã desta sexta-feira uma nova cruzada contra todo o tipo de violência, que atinge a categoria no ambiente de trabalho. O objetivo da campanha Tudo tem Limite: Tolerância zero com a violência dos bancos é intensificar a luta pelo fim de todo o tipo de agressão, física ou psíquica, as quais os bancários são submetidos em sua rotina dentro das instituições financeiras.

A campanha, promovida pelo SindBancários em parceria com a Feeb/RS, foi lançada na manhã de hoje, em atividade do projeto Diálogos para Ação. Delegados e delegadas sindicais do Banco do Brasil, Caixa e Banrisul de todo o Estado participaram do lançamento, na Casa dos Bancários.

O diretor de Saúde da Feeb/RS, Amaro Souza, salientou que a iniciativa foi pensada pelas assessorias técnicas em Saúde do SindBancários e Feeb/RS, como uma grande oportunidade para mobilizar a categoria no combate à violência organizacional.

Este é um momento ímpar para os bancários. Vamos viabilizar instrumentos de denúncia à categoria. Neste sentido, a interlocução dos delegados sindicais junto aos locais de trabalho é fundamental. A Feeb/RS vai percorrer todas as bases dos seus 38 sindicatos filiados para divulgar a Campanha. Estamos fazendo história com esta iniciativa para que possamos ter condições de trabalho dignas, disse Amaro.

 

A assessora de Saúde, Mayte Amazarray, destacou as múltiplas faces da violência no trabalho, que podem ser tanto físicas quanto psicológicas ou a combinação destas duas formas. A violência organizacional acontece através do assédio moral, sexual e da gestão inadequada. A deterioração das condições de trabalho, caracterizada por tarefas repetitivas e monótonas, aliada à sobrecarga emocional também constitui a violência, observou a psicóloga.

Mayte falou também dos tipos de gestão inadequada, por injúria (quando as chefias se dirigem aos subordinados por meio de agressões verbais); por estresse; manipulação; discriminação ou assédio sexual. Segundo ela, os assaltos constituem outro fator que associado à violência organizacional geram impactos negativos à saúde dos trabalhadores.

A assessora observa que embora o adoecimento gere muitos transtornos aos bancos, como o afastamento do trabalhador, isto não é levado em consideração devido à grande quantidade de mão-de-obra à espera de oportunidades. É na falta de ação e denúncia que estes comportamentos se perpetuam, por isso é preciso trabalhar ações preventivas, enfatizou Mayte.

Já a assessora de Saúde do SindBancários, Jacéia Netz, fez uma ampla explanação sobre os objetivos e as linhas de ação da campanha Tudo tem Limite. Segundo ela, a primeira ação do projeto é a formação de dirigentes e delegados sindicais, inclusive através de um curso online. Além disso, também serão criados canais para facilitar as denúncias dos bancários.

A terceira ação está baseada na constituição de um Núcleo de Ação Sindical, que será responsável pela discussão dos dados coletados através das denúncias e definirá os encaminhamentos a serem tomados pelas entidades sindicais. A quarta etapa da Campanha é a formação de um Núcleo de Formação Contra a Violência, integrado pelos profissionais que trabalham na área da Saúde e departamentos jurídicos das entidades sindicais.

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