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CUT ALERTA PARA ARMADILHAS COM APROVAÇÃO DO PROJETO SOBRE FATOR PREVIDENCIÁRIO

Criação de uma nova média de contribuição para fins de cálculo do benefício não ganhou destaque no noticiário

Na terça-feira, dia 17, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que extingue o fator previdenciário, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). Um detalhe desse projeto, que não ganhou destaque no noticiário, é uma armadilha: a criação de uma nova média de contribuição para fins de cálculo do benefício, a chamada média curta, que vai considerar o valor dos últimos 36 salários para definir qual o valor da aposentadoria que o trabalhador ou a trabalhadora vai receber.

Atualmente, em função da alta rotatividade da força de trabalho e do alto índice de informalidade – próximo a 50% -, parcela significativa dos trabalhadores chegam ao período de pré-aposentadoria com salários mais baixos ou, então, a maioria daqueles que não têm carteira assinada e continuam contribuindo, contribuem pelo piso. Portanto, a média curta será prejudicial a esse contingente de pessoas.

Outro detalhe negativo que pode pegar carona no projeto de Paulo Paim está entre as emendas que o acompanham. Uma dessas emendas prevê a criação da idade mínima para se aposentar, o que é extremamente injusto para a maioria, já que os brasileiros começam a trabalhar muito cedo.

"A CUT é contra o fator, mas também é contra a idade mínima. Somos contra a média curta, também. O que continuamos tentando, através do substitutivo global que já está na Câmara, é aprovar uma alternativa que supere o fator previdenciário e que, ao mesmo tempo, tire do caminho armadilhas como essas", explica Artur Henrique, presidente da CUT

O substitutivo global, elaborado em conjunto pelas centrais CUT, Força,CGTB e o governo federal, com intermediação do deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) prevê avanços como: preservação da política de valorização do salário mínimo; contagem, como tempo de contribuição, do aviso prévio e do seguro-desemprego; congelamento da tábua de expectativa de vida para quem atingir o tempo mínimo de contribuição; forte diminuição do tempo de trabalho para se aposentar com 100%; inclusão de mais pessoas na Seguridade Social, ampliando a base de contribuição.

*CUT

 

 

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