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Dirigentes sindicais cobram gestão humanizada do novo superintendente estadual do BB no RS

Em reunião na manhã desta terça-feira (05/09) com o superintendente estadual do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul, dirigentes da Fetrafi-RS pediram providências em relação ao assédio moral que vêm acontecendo em agências de todo o estado. Nesse encontro, foram relatados casos registrados em Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria.

Segundo Cristiana Garbinatto, diretora da Fetrafi-RS, há inúmeras denúncias de assédio moral a gerentes e suas equipes, envolvendo superintendentes regionais. “A política do medo continua sendo praticada no Estado. As pessoas trabalham com medo de perder comissão e até mesmo o emprego. Os casos vão desde situações inadmissíveis como gritos e grosserias a dizer que quem não atingir as metas não receberá PLR e sofrerá processo disciplinar por insubordinação. São mentiras repetidas em vários locais para pressionar os trabalhadores e que causam ainda mais adoecimento”, ressalta a sindicalista.

Após ouvir os relatos dos sindicalistas, o superintendente se comprometeu a trabalhar por uma gestão humanizada no Banco do Brasil e afirmou que não vai apoiar política de medo e de ameaças enquanto estiver no comando. “A reunião foi muito produtiva, porque firmamos o compromisso com uma gestão mais humanizada e de combate à política de assédio, pressão e medo. Estamos na expectativa de que os compromissos assumidos pela superintendência sejam cumpridos”, avalia Priscila Aguirres, representante da Fetrafi-RS na CEBB.

Ronaldo Zeni, dirigente do SindBancários de Porto Alegre e Região, considera que o encontro pode render bons resultados. “Entendemos como positiva a postura ao diálogo por parte da Superintendência, para que possamos superar esta política do medo no BB. Queremos que o Banco volte a ampliar a rede de atendimento e que a carreira volte a ser ascendente”. disse.

O dirigente do SindBancários de Rio Grande e Região, Pedro Luiz Pires, espera que, a partir da mudança de posicionamento da nova gestão, o sindicato ao qual representa tenha mais voz e vez. “Foi muito importante a nossa participação e aguardamos agora que o que foi acordado seja efetivamente cumprido”, disse.

Os dirigentes sindicais, por unanimidade, foram incisivos no que diz respeito aos resultados chegarem até os trabalhadores e as trabalhadoras, uma vez que há um adoecimento geral da categoria devido à política de assédio praticada não apenas no BB, mas em todo o setor financeiro/bancário.

Outra questão colocada em pauta na reunião foi o fato de correspondentes bancários atuarem em frente às agências do BB, o que é contra as normas, mas, segundo Garbinatto, acontece no RS com aval das chefias regionais. “A Fetrafi-RS já notificou o Banco e colocamos de novo o problema na mesa”, informou.

Em relação à GDP, os sindicalistas denunciaram que a mesma estava sendo usada como mecanismo de pressão pelas chefias. O superintendente estadual do BB no RS convidou os dirigentes sindicais para participarem das reuniões que acontecem com os gestores para tratar da GDP. Ele também se comprometeu a participar dos eventos do movimento sindical para estreitar o canal de diálogo.

Participaram da reunião, que aconteceu em formato híbrido, além dos nomes já citados, a equipe da Gepes Sul e mais 20 bancários e bancárias virtualmente.

Texto: Maricélia Pinheiro/Fetrafi-RS

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