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FUNDOS IMOBILIÁRIOS DESLANCHAM

 

A demanda de investidores internacionais por ativos imobiliários no país está muito aquecida

Os fundos imobiliários vão receber uma avalanche de recursos em breve, depois de terem despertado a atenção de investidores externos e dos maiores bancos nacionais. Só na última semana, o BTG Pactual entrou com pedido de análise na Comissão de Valores Mobiliários para quatro fundos de R$ 1 bilhão cada um. Com outra carteira do banco em análise desde junho, são R$ 5 bilhões, quantia que quase se iguala ao patrimônio total dos fundos em operação, de R$ 5,9 bilhões. Em fase de registro ou captação, há cerca de R$ 9 bilhões, bem mais que os R$ 3,44 bilhões de 2009.

A demanda de investidores internacionais por ativos imobiliários no país está muito aquecida, diz Marcelo Pereira, sócio da TAG Investimentos. "Tem muito banco americano comprando terrenos diretamente, estruturando operações para que sua área de "private banking" lá fora ofereça aos clientes, ou entrando via fundo imobiliário".

A investida do BTG Pactual está provocando uma corrida dos concorrentes para colocar operações no mercado antes que a demanda do investidor seja totalmente atendida. "Há muitas instituições querendo antecipar avisos ao mercado para marcar posição e convencer o investidor a esperar sua oferta", afirma Alexandre Assolini, do PMK Advogados, que trabalha na elaboração de 31 fundos para o setor. O escritório Navarro Advogados tem mais nove fundos em estruturação, com volume total de R$ 2 bilhões, para lançamento ainda em 2010.

Só neste ano os fundos imobiliários atraíram o Itaú, por meio de uma oferta da Kinea (braço de investimentos alternativos do banco), Morgan Stanley, Fator e outros gestores menores, como a Empírica. No ano passado, o Bradesco voltou ao mercado dividindo a coordenação de emissões com o BB Investimentos e Santander. A Caixa Econômica Federal retomou operações e o Citibank ingressou no segmento.

"O que não falta é ativo", afirma Sergio Manoel Correia, economista-chefe da LLA Investimentos, que lida especialmente com pessoas físicas. Ele diz que é crescente a disposição do investidor em experimentar ativos diferenciados, como os fundos imobiliários. "A cada dia a pessoa física responde por uma parcela maior das colocações de fundos e a restrição de liquidez e o prazo têm sido menos importantes para esse investidor".

Fonte: Valor Online

 

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